Eventos e Notícias - 2010

 

Prefeitura incentiva reciclagem
Cerca de três toneladas de resíduos são recolhidas por mês

 

ANGRA DOS REIS

Ações ecologicamente corretas estão fazendo parte da rotina da prefeitura e seus funcionários, através do Programa Municipal de Coleta Seletiva, que incentiva a reciclagem e sustentabilidade. A iniciativa é da Secretaria de Meio Ambiente e coordenada pela Gerência de Conservação e Projetos Ambientais. Na sede da prefeitura, localizada na Praça Nilo Peçanha, Centro, todos os resíduos gerados pelos funcionários durante o expediente, como copos plásticos e papel, terão destinação adequada, o que facilita a reciclagem. Cerca de três toneladas de resíduos são recolhidas por mês através do programa.
O programa consiste na separação adequada dos resíduos sólidos recicláveis (lixo reciclável) nas repartições públicas municipais, de modo a garantir que o lixo reciclável seja de fato reciclado. Quando não há a separação correta, ele pode ser desperdiçado, indo para os aterros sanitários, misturado ao lixo comum. Foi implantado nas repartições públicas da prefeitura há cerca de cinco meses e já abrange cerca de 90% das sedes, como a Secretaria de Meio Ambiente, a Defesa Civil e a TurisAngra. Além disso, também foi implantado nas unidades de Angra do Instituto Nacional do Ambiente (Inea) e da Procuradoria Geral do Estado. A Polícia Federal (PF) deve ser a próxima.
Os funcionários da prefeitura receberam palestra a respeito do funcionamento do programa. Calendários com instruções sobre reciclagem e o funcionamento do programa foram fixados nas paredes. A sede recebeu 48 lixeiras com o símbolo da reciclagem, feitas especialmente para o programa, as quais foram distribuídas entre os setores, sendo que 20 delas ficaram no 2º andar do prédio, onde funciona o gabinete do prefeito. Nelas são depositados plástico, papel, vidro, ferro, papelão, alumínio e caixas Tetra Pak, sendo que tudo deve estar limpo e seco. O lixo reciclável é recolhido semanalmente pelos agentes da Secretaria de Meio Ambiente.
Outros tipos de resíduos, como lâmpada, papel carbono, isopor, acrílico, papel plastificado, papel aluminizado, etiquetas e detritos orgânicos ficam de fora e devem ser ensacados em sacos plásticos coloridos normais.
Com a intenção de reduzir o uso de copos descartáveis, foram distribuídas canecas plásticas com o brasão da prefeitura para alguns funcionários. Também foram distribuídas aos funcionários lembrancinhas com um pouco do composto produzido na Unidade de Processamentos de Resíduos Verde (UPR Verde), as quais são feitas de adubo orgânico, produzido com podas de árvores (galhos, folhas e derivados). A UPR Verde foi criada para dar a destinação final adequada aos resíduos de poda em geral, evitando que fiquem em locais inapropriados, como calçadas e ruas. Os resíduos são triturados e transformados em terra vegetal, que depois é aplicada no solo de canteiros públicos e de reflorestamentos.

 

 

 

 

Telhas e Caixinhas Tetra Pak


Muito por acaso, fomos surpreendidos por um projeto muito interessante e que facilmente poderia contar com nossa ajuda. A Paróquia de Santo Antônio, que fica bem perto da Atrevo, está coletando todo e qualquer tipo de embalagem tetra pak para que sejam recicladas e transformadas em…TELHAS!! Assim, poderá finalizar a obra no orfanato que é responsável.

Antes de você questionar como a reciclagem de caixinhas de leite, extrato de tomate e demais condimentos que utilizem este material como embalagem podem virar telhas, nós dizemos: é completamente possível!

A Atrevo ofereceu seus serviços para criar o cartaz de divulgação interna desta campanha bem como a exposição em shoppings da região. Além disso, estamos ajudando da maneira mais óbvia: trazemos todas as semanas essas embalagens de nossas residênicas e de parentes para aumentar cada vez mais a quantidade arrecadada.

E você? O que está esperando para também ajudar? Quer saber mais? Entre em contato conosco agora mesmo!

 

 

 

 

 

 

 

Aterro de Teresópolis recicla duas toneladas de lixo por dia
Novo aterro ainda faz tratamento de água, esgoto e chorume.

O aterro sanitário controlado de Teresópolis ajuda o meio ambiente e, ao mesmo tempo, abre oportunidade de trabalho. O aterro, que funciona há dez meses, faz a coleta seletiva e recicla todo o material.

Onde hoje existe um aterro sanitário controlado, há um ano havia um lixão a céu aberto. A área foi recuperada e o terreno adaptado para receber camadas de lixo, que são cobertas por terra. O aterro funciona num sistema de consórcio entre quatro municípios. Todos os dias chegam à área de descarte 130 toneladas de lixo de Teresópolis, e mais quinze toneladas das cidades de Carmo, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. No local também é tratado o material retirado da limpeza de esgotos e fossas e o chorume, o resíduo líquido produzido pelo lixo.

- Com frequencia realizamos analise da água que sai da nossa estação de tratamento e já foi observado que ela sai muito mais limpa do que a que vem do rio que passa na cidade. Isso mostra que nossa estação funciona perfeitamente e está melhorando a qualidade de vida da nossa cidade e protegendo o meio ambiente – explicou Maurício Lopes, sub-secretário de meio ambiente da cidade.

O Ministério Público Estadual determinou o encerramento da atividade dos catadores no antigo lixão. O barracão que sobrou vai ser fechado em menos de um mês.

Com o novo aterro, os catadores foram remanejados para o programa de coleta seletiva. Com a implantação do programa a cidade passou a reciclar duas toneladas de material por dia.

O serviço é subsidiado pela prefeitura e por parceiros que doaram equipamentos, como balanças, prensas e elevadores. Quarenta “ecopontos” foram instalados na cidade para coletar o lixo reciclável. Além disso a coleta seletiva de porta em porta está em 23 bairros de Teresópolis.

- É muito simples separar o material. A gente só pede a separação do material reciclável. O material orgânico é recolhido pela coleta de lixo normal e o lixo seco, reciclável, recolhido pela coleta seletiva. Nossa meta é reciclar 20%do lixo de Teresópolis – afirmou Leandro Coutinho da Graça, diretor de programas e projetos da Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil.

 

 

 

 

 

 

LONGA VIDA AO CICLO

JORNAL DE SANTA CATARINA

25/10/2010 | N° 12079

A embalagem subiu no telhado

 

 

Telhas mais leves e com menos passagem de calor. Essas duas características já seriam suficientes para optar por esse revestimento para o seu telhado. Quando o modelo é feito com material reutilizado e tem preço equivalente ao tradicional, então, restam poucas dúvidas.

Líder na produção de embalagens longa vida e preocupada com a cadeia da reciclagem, a Tetra Pak decidiu expandir sua cadeia pós-consumo em 1999. Além de dar uma nova função aos materiais, o desejo da empresa era criar renda e movimentar a economia. Foi assim que surgiram as placas de telhas produzidas a partir de uma mistura de plástico e de alumínio presente nas conhecidas caixinhas de leite ou suco. Antes, apenas o papel dessas embalagens era reutilizado pela indústria papeleira para confecção de papelão ondulado e caixas.

Os dados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas indicam que as telhas feitas com antigas embalagens são mais duráveis e resistentes do que os modelos tradicionais, feitos de amianto e de fibrocimento. Além disso, elas reduzem a passagem do calor em 30%. Alguns modelos feitos a partir das embalagens podem ser até 25% mais baratos.

Hoje, cerca de 17 fábricas em todo o Brasil utilizam a mistura de plástico e alumínio para o desenvolvimento de placas rígidas. Em São Domingos, Santa Catarina, a Tecfort produz placas para palmilha de calçado com o papel que vem das caixinhas. O destino do alumínio e do plástico que sobra do processo é a fabricação das telhas. Todos os meses, entre 2,5 e 3 mil telhas são produzidas na indústria catarinense. A parceria já completou seis anos e, para Mauricio Batistella, da Tecfort, alcança o principal objetivo: vender.

– Conseguimos colocá-las no mercado com facilidade – reforça Batistella.

 

 

 

Faetec recebe certificação do INEA – Projeto de Coleta Seletiva



Sex, 22 de Outubro de 2010 14:19

No dia 21 de outubro, a Faetec recebeu certificação do INEA, pela participação no programa Coleta Seletiva Solidária, no auditório da Presidência, na unidade Quintino.


O Projeto Coleta Seletiva Solidária, iniciado em outubro de 2009, é uma realização da secretaria de estado do ambiente (SEA), do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) através de sua Gerência de Educação Ambiental, vinculada à Diretoria de Gestão das Águas e Territórios (DIGAT), em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UER) e a SEEDUC.


O evento teve início com a professora de física da rede estadual, Raquel Bento, que informou para a platéia a importância da coleta seletiva realizada em escolas, onde o público alvo do programa são diretores, professores, alunos e funcionários das escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro.


De acordo com a Raquel Bento, que também é Assessora do INEA, o programa Coleta Seletiva Solidária nas escolas estaduais visa assessorá-las na implantação da coleta. Dessa forma, o programa apóia as escolas no atendimento ao decreto estadual no 40.645/07, publicado em 9 de março de 2007, o qual institui a separação dos resíduos recicláveis nos órgãos e entidades da administração pública estadual, direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.


Após a apresentação da professora da escola estadual Souza Aguiar, o consultor em gerenciamento de resíduos, Paulo Roberto Carvalho Ribeiro, da Tetra Pak, falou da importância d destinação correta do material utilizado nas escolas e da conscientização dos alunos em não desperdiçar o líquido da caixinha.

Paulo está neste projeto desde a sua criação, que foi em janeiro de 2007 e trabalha em uma unidade para recebimento exclusivo de embalagens longa vida (leite, suco, massa de tomate, achocolatado, milho, outros) no RJ e ES. Trabalha na conscientização, sensibilização e comercialização destas embalagens.


- Nossa finalidade é aumentar a coleta destas embalagens e sensibilizar a população sobre a reciclagem, evitando sua destinação inadequada para aterros sanitários e lixões. Recebemos as embalagens em qualquer quantidade prensada ou solta (avaliaremos o volume e disponibilidade de caminhão na rota), armazenamos e depois enviamos para o reciclador, afirma Paulo.


- Pagamos um preço justo e igual para todos os envolvidos neste trabalho, além de dar todo apoio e ferramentas (big bag’s, folhetos, faixas, palestras) que ajudem na divulgação, conclui Paulo.


Durante a palestra, informou sobre o trabalho de responsabilidade social, o qual inclui igrejas, escolas, projetos sociais, associações e outros segmentos da sociedade civil, que consiste na troca de embalagens longa vida, cadernos, canetas, etc...


Ribeiro informou ainda que já existe a comercialização de telhas e placas ecológicas feita da reciclagem das embalagens, no tamanho: 2,20 x 0,94 x 6mm – peso 13 kg e convidou o público a visitar o site WWW.recicoleta.com.br, para saber sobre o programa Cultura Ambiental nas escolas, iniciativa da Tetra Pak.


Logo após, a presidente da Cooperativa de Serviços e Trabalho Cooperangel Ltda, Ângela Alvim, afirmou sobre a importância da reciclagem de garrafa Pet, coleta seletiva de papéis, vidros, ferro, plástico, reaproveitamento de óleo vegetal residual e de cozinha. A Cooperangel é uma sociedade cooperativa de natureza civil sem fins lucrativos, também denominada de Baixada Pet – Programa de Educação Técnica Ambiental Cooperangel, com sede em São João de Meriti.


Ao final do evento foi feita a entrega do certificado de participação do programa de capacitação dos gestores escolares, para implantação da coleta seletiva solidária pelo INEA e pela Cooperangel, para os setores da Faetec; receberam os certificados pela DDE, Mírian Lourdes de Melo Sekiguchi; pela DIF, Ana Cleide Santos Barbosa; e pela presidência, Ubirajara Junior.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estado do Rio formaliza pacto para triplicar reciclagem de lixo

 

Meta a longo prazo é reaproveitar cerca de 40% do que é produzido

Texto: Camila Ruback / R7

Material proveniente de coleta seletiva é separado por tipo e cor em usinas de reciclagem

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Governos estadual e municipal, Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, empresários, administradores de condomínios e cooperativas de catadores uniram-se em torno de um projeto comum: formar uma verdadeira cadeia de reciclagem de lixo na capital fluminense para alcançar a meta de, a curto prazo, triplicar o volume de material reciclado na cidade. O ato, denominado Pacto pela Reciclagem, teve um termo de compromisso assinado por todos na quinta-feira (5).

Antes da assinatura, cada um dos atores da iniciativa fez uma exposição das tarefas a que se comprometiam executar para alcançar a meta.

O pacto foi elaborado a partir de reuniões ocorridas na Alerj, nos últimos três meses, nas quais cada setor envolvido com a reciclagem apontou os principais obstáculos e se comprometeu com ações para ampliar a coleta seletiva do Rio.

Dentro do pacto, a Secretaria do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente se comprometeram, entre outras ações, a apoiar a Comlurb na disponibilização de área para a construção de galpões; ampliar o Projeto de Coleta Seletiva Solidária, financiado com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental, agora envolvendo os condomínios vinculados à Abadi; apoiar a estruturação das cooperativas de catadores de materiais recicláveis; e ampliar a rede de apoiadores do Centro do Rio, organizado pela Comlurb.

Segundo a secretária Marilene Ramos, a união de esforços permitirá triplicar, a curto prazo, o lixo reciclado no Rio, hoje em cerca de 3% do total de material reciclável coletado. Das 8.000 toneladas diárias de lixo domiciliar coletadas, 40% poderiam ser destinados à reciclagem.

– A meta a longo prazo é chegar a 30%, talvez até aos 40%, índices considerados viáveis economicamente, mas, queremos chegar já aos 10%, dentro de um ano, no máximo, dois anos. Com isso, o pacto também vai gerar emprego e renda para uma parte da população que não tem outra forma de sobrevivência e que, muitas vezes, trabalha em condições inadequadas, insalubres. Vamos proporcionar condições para que esse pessoal trabalhe em lugares adequados e com segurança.

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Marilene Ramos ressaltou ainda o potencial dos benefícios ambientais e econômicos proporcionados pelo pacto.

– A coleta seletiva propiciará economia de energia, economia de recursos naturais, cuja exploração pode ser substituída por material reaproveitado, economia de espaços nos aterros sanitários que deixam de receber uma parte do lixo coletado, enfim, uma economia em todos os aspectos.

O presidente da Comissão Permanente de Ciência e Tecnologia da Alerj, Carlos Minc, informou que tramita na casa um projeto de lei, que deverá ser aprovado em breve, desonerando o ICMS sobre o material reciclado.

– Isso vai fazer com que este material fique mais interessante para as empresas comprarem. Nosso objetivo é para que o plástico e o vidro virem que nem latinha de cerveja e refrigerante.

Ele adiantou que a indústria também vai apoiar as cooperativas a atingirem a meta, assumida com o pacto, de aumentar em 50% o material reciclado.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, informou que a prefeitura vai construir, até o fim do ano, numa área desapropriada, de cinco mil metros quadrados, perto da Central do Brasil, o primeiro dos seis galpões para coleta seletiva de lixo, que vão acabar com o problema das cooperativas de catadores, hoje trabalhando a céu aberto. Este é um dos compromissos da prefeitura assumidos com o pacto, ao lado da implantação do Programa de Coleta Seletiva Solidária nos 2.110 prédios da administração pública municipal, entre outras medidas.

http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/estado-do-rio-formaliza-pacto-para-triplicar-reciclagem-de-lixo-20100806.html

 

 

ReciColeta/Tetrapak e Cooperativa de Catadores de Arraial do Cabo fazem parceria para compra de embalagens longa vida

em POLUIÇÃO E LIXO URBANO , 12 Temas

A Secretaria Municipal do Ambiente de Arraial do Cabo acaba de mediar uma parceria entre a Cooperativa de Catadores Costa do Sol e a
ReciColeta para a compra de embalagens longa vida da Tetrapak coletadas no município.

O acordo foi firmado por meio do chefe da Divisão de Qualidade Ambiental, biólogo Marlon Souza, e a Superintendência de Projetos Especiais. De acordo com Marlon, as vantagens decorrentes da parceria são diversas e, dentre elas destaca-se a garantia da compra pela ReciColeta desses recicláveis a R$ 0,18/ Kg (dezoito centavos/Kg) já prensado. Anteriormente a mesma pesagem era comercializada a
R$ 0,6/Kg (seis centavos/Kg) representando um ganho de 300% na receita da cooperativa de catadores.

As embalagens longa vida Tetrapak pós-consumo (caixas de leite, suco, massa de tomate, achocolatado, milho, entre outros) serão recolhidas pela ReciColeta e destinadas ao reprocessamento industrial para fabricação de diversos produtos ecológicos que serão inseridos no mercado como telhas, canetas, réguas, entre outros produtos. A Cooperativa Costa do Sol estará inicialmente comercializando 5.000 Kg de embalagens já prensadas no galpão da Usina de Reciclagem de Lixo.

Na opinião do secretário municipal do Ambiente, David Barreto, ações como essas devem ser incentivadas com vistas à maior geração de renda dos catadores, promoção da reciclagem e proteção ao ambiente.
– Nossa finalidade é aumentar a coleta destas embalagens e sensibilizar a população sobre a importância da reciclagem, evitando sua destinação inadequada para aterros sanitários e lixões – disse o secretário.

David informou ainda que, nessa parceria também está prevista a manutenção e o aperfeiçoamento do Projeto Reciclagem nas Escolas promovido pela Secretaria Municipal do Ambiente e Ong Clean destinado ao recolhimento destas embalagens (longa vida).
– O projeto teve início no ano passado e tem sido um sucesso, pois os alunos acabam se conscientizando da importância da preservação ambiental – concluiu o secretário.
por Ravi Arrabal em 24.06.2010

http://www.humanomar.com.br/topico/recicoletatetrapak-e-cooperativa-de-catadores-de-arraial-do-cabo-fazem-parceria-para-compra-de-embalagens-longa-vida?PHPSESSID=57f089fecc8d210c537172007a4bb7ac

Com nova lei do lixo, Brasil pode deixar de perder R$ 8 bi

 

Helton Simões Gomes


Instalação de unidade de reciclagem que recebe incentivo da Tetra Pak


“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A máxima de Lavoisier, que resume a lei de conservação de massas, pode também sintetizar a aposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos na reciclagem e no reaproveitamento de materiais. E não é para menos. Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Aplicada) mostrou que o Brasil perde R$ 8 bilhões por ano ao não reciclar o resíduo antes de encaminhá-lo a um aterro ou lixão. “A indústria tem grande interesse em receber esse material porque é mais barato do que o extraído da natureza”, explica Gustavo Luedemann, um dos autores da pesquisa.

Atualmente, com reciclagem de apenas 12% do material disponível, a “atividade já geraria benefícios entre R$ 1,4 bilhão e R$ 3,3 bilhões anuais”, estima o estudo. “[A nova lei] Vai fazer com que o fabricante não precise retirar insumos da natureza novamente para produzir um novo item”, declara Sérgio Gonçalves, diretor de Ambiente Urbano do MMA (Ministério do Meio Ambiente). “Antes de pegar o petróleo para produzir uma garrafa pet, o produtor terá que reaproveitar ao máximo todas as garrafas pet que já existem. A lei induz a isso fortemente”, exemplifica.

Para chegar aos R$ 8 bilhões desperdiçados, o Ipea colocou na balança não só os recursos econômicos diretamente envolvidos na produção, mas também os ativos ambientais despendidos. Do lado econômico entra os gastos com insumo, que poderiam ser enxugados com o emprego de materiais recicláveis. A conta também considera a economia com água e energia elétrica. A utilização dos recicláveis liberaria maior espaço em aterros, atrasando a abertura de novos depósitos.

Do lado ambiental, pesam a extração mineral e a exploração vegetal. A reutilização reduziria as subtrações de matéria-prima para confecção de novos produtos. Diminui também a emissão de gases do efeito estufa. Aqui, os pesquisadores consideraram o valor cobrado por créditos de carbono para converter o volume de gás em dinheiro. Luedemann explica que, mesmo sem metas para cortar a emissão destes gases fixada pelo Protocolo de Kyoto, o Brasil perde em vantagem competitiva. “Perde no poder de barganha nas negociações internacionais e perde os compradores que querem manter uma linha mais verde”, comenta.

Coleta seletiva

“O catador é o elo entre o que pode ser reutilizado na cadeia industrial e o que vai ser aterrado”, pontua Luedemann. A nova lei destinará recursos do governo para que este trabalhador se profissionalize. Além disso, será responsabilidade das empresas criar cadeias de produção mais sustentáveis. Com isso terão que elaborar produtos recicláveis e fazer o recolhimento. Antes mesmo de a lei ser sancionada, já existe empresas que fazem isso.

Produzindo cerca de 90% de todas as embalagens cartonadas, a Tetra Pak já fabrica embalagens recicláveis e há 15 anos desenvolveu a tecnologia para separar as camadas de plástico e papelão que a compõem. Além disso, a empresa ajuda cooperativas a instalarem oficinas de processamento e instalou postos de coleta seletiva em supermercados. “Somente 25% das pessoas tem acesso à coleta. Com a implantação da nova lei, esse número vai duplicar”, projeta Fernando Von Zuben, diretor executivo de meio ambiente da Tetra Pak.

Outra iniciativa da empresa foi a criação do Portal Rota da Reciclagem, um site com abrangência nacional para o internauta identificar a cooperativa mais próxima de sua casa. O paulista pode acessar ainda outro endereço com a mesma função. O e-lixo permite que o usuário pesquise um local que seja especializado no material a ser descartado.

 

 

 

Depois de duas décadas de debate, Brasil institui Política Nacional de Resíduos Sólidos

UOL - SP - NOTÍCIAS - 02/08/2010

Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília

Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona, nesta segunda-feira (2), em Brasília, a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A proposta, que tramitava desde 1991 no Congresso Nacional, responsabiliza os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores pelo ciclo de vida dos produtos. Com isso, as empresas serão obrigadas a desenvolver a chamada “logística reversa”: um conjunto de ações para tratar o que resta do produto após o uso pelo consumidor, seja reutilizando, reciclando ou descartando os dejetos de forma apropriada. Entre os produtos estão baterias, pilhas, lâmpadas, eletroeletrônicos e embalagens em geral.

“A lei que passou quase vinte anos no Congresso é resultado de esforço grande num texto que atende ao momento atual no Brasil. Ela é renovadora e traz alguns princípios novos e modernos como a responsabilidade compartilhada de toda uma cadeia produtiva (...). É o primeiro passo, já é um indicador que a gente evoluiu”, comemora Victor Bicca Neto, presidente da entidade sem fins lucrativos Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem).

Outra importante medida da nova lei é a determinação para que Estados e municípios acabem com seus lixões. Em vez deles, os governos municipais e estaduais deverão construir aterros sanitários, que normalmente, têm vida útil de 20 a 30 anos.

A diferença entre lixões e aterros é a gestão, segundo explica o diretor de Ambiente Urbano da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA (Ministério do Meio Ambiente), Sérgio Gonçalves. “No lixão, o lixo é deixado a céu aberto sem cuidados sanitários necessários. Os resíduos são jogados de qualquer jeito no ambiente. Já no aterro, há gestão correta do rejeito. Ele [o aterro] tem normas técnicas, área escolhida de forma correta, os locais têm de ser impermeabilizados, tem de haver coleta de gás: ou se queima ou se aproveita. Se recolhe e trata o chorume [líquido que sai do lixo], e os rejeitos são compactados e aterrados”, detalha.

Um levantamento do MMA apontou que as cidades brasileiras produzem cerca de 150 toneladas de lixo por dia. Desse total, 59% são destinados aos lixões e apenas 13% seguem para os aterros sanitários. O restante acaba tendo outros fins não especificados pela pasta. A nova lei pretende incluir o cidadão como co-responsável pelo que consome e descarta.

Prática
Após a sanção, o primeiro passo para colocar em prática as novas regras será promover reuniões com empresas e governos estaduais e municipais. Já estão em andamento 34 acordos de convênios e cooperações com o governo federal, em 18 Estados. São eles: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

A expectativa do Executivo é que até o fim do ano esses locais apresentem um mapa da situação de seus depósitos de lixo e quais locais poderiam servir para a construção de novos aterros, que receberiam dejetos de vários municípios, que terão de gerenciá-los em conjunto.

Pelo PAC 2 (segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento), o governo federal já destinou R$ 1,5 bilhão para esta área.

O que o empresariado já faz
Na área automobilística, uma das mais aquecidas do país, a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) criou em 2007 a Reciclanip –entidade sem fins lucrativos que trabalha para dar um fim mais sustentável aos pneus velhos; são 463 pontos de coleta pelo país. A Reciclanip coletou 250 mil toneladas de pneus no ano passado. Um pneu costuma demorar mais de 150 anos para se decompor no meio ambiente.

Os fabricantes do setor já investiram mais de US$ 95 milhões no programa até o ano passado e a previsão de investimento para este ano é da ordem de US$ 25 milhões, segundo a entidade.

Fundado em 1992, o Cempre é outro exemplo de associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem. Ele é mantido por 30 grandes empresas privadas de diversos setores como Alcoa, AmBev, Beiersdorf/Nivea, Carrefour, Coca-Cola, Gerdau Klabin, Kraft Foods, Natura, Nestlé, Pepsico do Brasil, Philips, Procter & Gamble, Sadia, Souza Cruz, Suzano Papel e Celulose, Tetra Pak, Unilever e Wal-Mart.

Em maio deste ano, o Cempre fechou um acordo com o MMA para elaborar um estudo qualitativo sobre o atual cenário da reciclagem de eletroeletrônicos no país, que contará com a participação de todos os fabricantes e varejistas que fazem parte da entidade.

“O estudo será um primeiro diagnóstico sobre o resíduo que tem mais crescido. É um mercado complexo, que sofre com a informalidade, que é muito grande. O desafio é, num período curto, fazer um diagnóstico de como está a situação em 10 capitais do Brasil”, afirmou o presidente da Cempre, Victor Bicca Neto, que pretende entregar o documento até novembro desse ano.

Lucro no lixo
Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado em maio, identificou que o país deixa de ganhar R$ 8 bilhões por ano ao não reciclar todos os resíduos.

De acordo com a pesquisa, somente 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e apenas 14% dos brasileiros são atendidos pela coleta seletiva.

Diante do diagnóstico, o MMA planeja estratégias para investir em cooperativas de catadores e aumentar a produtividade do segmento.

No entanto, em alguns itens, o país fica bem posicionado em nível mundial, como alumínio: o Brasil é campeão mundial em reciclagem no segmento de latinhas, conseguindo reaproveitar 97% do que é vendido.

“O Brasil ainda não olha o lixo como uma potencialidade econômica. Lixo não é coisa ruim, não. Noventa por cento do que está ali pode ser reutilizado”, afirma Sérgio Gonçalves.

 

 

 

 

 

 

 


Política Nacional de Resíduos Sólidos vai a Plenário

O país deve ganhar uma política nacional de resíduos sólidos. Quatro comissões do Senado aprovaram na tarde desta quarta-feira (7) substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto de lei do Senado (PLS 354/89) que combate um dos mais sérios problemas do país, que é a ausência de regras para tratamento do lixo. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve presente durante a votação.

A reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE), de Assuntos Sociais (CAS) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou também urgência para o exame da matéria pelo Plenário do Senado, o que pode acontecer ainda hoje.

Lixões

O projeto proíbe a criação de lixões, nos quais os resíduos são lançados a céu aberto. Todas as prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários. O projeto proíbe a importação de qualquer lixo.

Com 58 artigos que ocupam 43 páginas, a Política Nacional de Resíduos Sólidos apresenta algumas novidades, entre elas a "logística reversa", que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas (todas elas) e eletroeletrônicos.

Responsabilidade

Além disso, é introduzida na legislação a "responsabilidade compartilhada", envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. A proposta estabelece que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva.

A proposta prevê que a União e os governos estaduais poderão conceder incentivos à indústria de reciclagem. Pela nova política, os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão. Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal. As cooperativas de catadores de material reciclável foram incluídas na "responsabilidade compartilhada", devendo ser incentivadas pelo poder público.

Com os incentivos e as novas exigências, o país tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. Desse total, 59% vão para os "lixões" e apenas 13% têm destinação correta, em aterros sanitários. Em 2008, apenas 405 dos 5.564 municípios brasileiros faziam coleta seletiva de lixo.

O projeto foi relatado, na CMA, por Cícero Lucena (PSDB-PB) e, na CCJ, na CAE e na CAS, por César Borges (PR-BA). Participaram da reunião conjunta, além dos integrantes das quatro comissões, os presidentes da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO); da CMA, Renato Casagrande (PSB-ES); e da CAS, Rosalba Ciarlini (DEM-RN).

Djalba Lima / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Assuntos Relacionados: Assuntos Sociais, Câmara dos Deputados, Defesa do Consumidor, Governo, Indústria, Justiça, Meio Ambiente, Municípios, Plenário

http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspx?codNoticia=103337&codAplicativo=2

 

 


 

 

 

 

 

Um terço do lixo reciclável de SP é perdido

O Estado de S. Paulo - SP - 25/6/2010 C3

Um terço das 120 toneladas de lixo reciclável que a Prefeitura de São Paulo diz recolher em 74 dos 96 distritos diariamente é desperdiçado. Essa quantidade representa cerca de R$ 250 mil por mês e mais de R$ 3 milhões por ano.

O cálculo é do presidente do Instituto Brasil Ambiente e autor do livro Os bilhões perdidos no lixo, Sabetai Calderoni. A conta leva em consideração os preços na venda dos materiais para empresas recicladoras.

O desperdício ocorre porque as garrafas PET, o papel, as embalagens plásticas e longa vida e o vidro são retirados das ruas e colocados em caminhões compactadores, que prensam o conteúdo. "Esse tipo de caminhão não deveria ser usado. A perda é grande porque o lixo vira uma paçoca e não tem como recuperar. O material suja, quebra, fica prensado", afirma a coordenadora de ambiente urbano do Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Polis), Elizabeth Grimberg. Por dia, não são aproveitadas 42 toneladas de lixo. O ideal para fazer a coleta do material, segundo Elizabeth, são os caminhões gaiola, pelos quais o material é transportado sem ser amassado.

"A cidade está pagando caro por aterros, quando boa parte do lixo poderia ser reaproveitada", afirma Calderoni. Por mês, a Prefeitura paga R$ 48 milhões às concessionárias Ecourbis e Loga, responsáveis pela coleta, transporte e destinação final do lixo. O valor inclui gastos com dois aterros particulares e a coleta seletiva.

Nas cooperativas, o lixo que chega nos caminhões compactadores leva muito mais tempo para ser separado. Segundo Luzia Maria Honorato, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em média um cooperado consegue fazer a separação de 3 toneladas de lixo por mês. Sabetai diz que o ideal seria 10 toneladas. "A quantidade poderia ser muito maior se o material chegasse inteiro e menos compacto", conta Maria.

A Loga e a Ecourbis afirmaram, por meio de nota, que os compactadores são exigidos no contrato com a Prefeitura.

Coleta falha. Além do desperdício, a cidade enfrenta ainda problemas no serviço de coleta seletiva, que se agravou em maio.

As concessionárias alegam que as cooperativas não estão dando conta do processamento do material. "Há uma precarização geral do serviço. A cidade tem 18 cooperativas com mil trabalhadores. É pouco. Elas ainda recebem o lixo misturado. A cidade não investe na coleta, não amplia o número de cooperativas", afirma Jutta Gutberlet, pesquisadora e coordenadora do projeto Brasil-Canadá para reciclagem. "A reciclagem na cidade é apenas um fingimento", critica Sabetai.

 

 

 

Cooperativa emprega ex-moradores de rua para reciclar lixo

Há 21 anos em Pinheiros, Coopamare tem como objetivo a reinserção social e ensina vizinhança de classe média a conviver com a diferença

por Eduardo Duarte Zanelato

Debaixo da ponte: a equipe de ex-moradores de rua trabalha em um bairro nobre. A vizinhança, antes resistente, hoje colabora. Vá lá dentro pedir a Joana uma máscara”, aconselha Maria José dos Santos, uma das 28 pessoas que trabalham na Cooperativa de Catadores Autônomos de Papel, Aparas e Materiais Reaproveitáveis (Coopamare), em Pinheiros. “Vamos mexer num material que está guardado há muito tempo, e os pelos que os ratos soltam irritam a garganta.” São 9h30 de uma manhã chuvosa, e Maria José, junto de outros 25 trabalhadores, trabalha rápido. A impressão é que ali ninguém tem tempo a perder. “Conversar a gente até conversa. A mão é que tem de estar trabalhando”, diz.

O dia está começando, e eles têm ao menos três toneladas de sacos de lixo para separar, organizar em grandes amontoados e comprimir em fardos de até 250 quilos. Esse material será vendido para indústrias de reciclagem, e o montante arrecadado garantirá de R$ 900 a R$ 1.000 mensais para cada um dos trabalhadores.

O objetivo da cooperativa é empregar moradores de rua para que, com esse dinheiro, eles consigam moradia e reinserção social. Até o final do ano, eles pretendem chegar a 50 cooperados. Seis recém-chegados estão em treinamento. É o caso de Paulo Eduardo Silva, de 39 anos, que há 20 anos vive como carroceiro. Nos últimos anos, ele viveu em prédios abandonados e teve problemas com alcoolismo. Viu o cartaz da Coopamare num centro de assistência social e candidatou-se à vaga. “Abriram a última porta para mim. É isso ou estou fora”, diz, contente. Ele está morando em um albergue associado à cooperativa e pretende trocá-lo por uma moradia assim que receber seu primeiro salário.


Exemplos como o de Paulo Eduardo são comuns na cooperativa. A trajetória da atual presidente, Dulcineia Silva Santos, de 46 anos (e 11 de casa), é parecida com a dele. Vinda do Maranhão, ela foi parar nas ruas após deixar o primeiro emprego na cidade. Sem ter onde morar, pernoitava em albergues e bebia muito. Depois de oito meses nas ruas, entrou para a cooperativa. Alugou um quarto de pensão em Pinheiros – onde vive até hoje – e teve uma filha com um ex-cooperado. Em dezembro, realizará o sonho da casa própria e mudará para um apartamento no Centro da cidade. “A ideia é que quem entra na Coopamare saia das ruas e em dois ou três meses consiga moradia. Morar em albergue não é vida.” Ela se mantém com o dinheiro que ganha ali e guarda a pensão que recebe do pai de sua filha, Camille, de 7 anos. “Não quero que ela tenha a mesma vida que eu.”

A Coopamare fica num ponto “nobre”: a Rua João Moura, em Pinheiros, sob o viaduto da Avenida Paulo VI. Por falta de uma resolução clara da prefeitura, eles já quase perderam o direito de uso do espaço. Desde 2006, um termo de concessão assinado pelo prefeito Gilberto Kassab lhes dá respaldo. A prefeitura exigiu, em contrapartida, que eles bancassem a obra de proteção contra incêndio, orçada em R$ 700 mil – e ainda falta dinheiro.

Quando chegaram ali, os cooperados sofreram também com a resistência de alguns moradores, que até tentaram retirá-los do local, desconfiados da idoneidade do grupo. Hoje a situação é bem diferente. Cerca de 20% do material recebido é deixado no portão da Coopamare por vizinhos. Como diz a mensagem na enorme viga do viaduto, eles trabalham “a serviço da comunidade” – e a comunidade aprendeu a se beneficiar do trabalho da cooperativa.

COOPAMARE. R. Galeno de Almeida, 659 (esq. com a Rua João Moura), Pinheiros, tel. 3088-3537, coopamare@terra.com.br


Acelerados: os cooperados processam no mínimo três toneladas de lixo por dia

http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI148348-15375,00- COOPERATIVA+EMPREGA+EXMORADORES+DE+RUA+PARA+RECICLAR+LIXO.html

 

 

 

 

 

 

 

 

Brasil aguarda uma política de resíduos

ARNALDO JARDIM


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Construir um modelo de Política Nacional de Resíduos Sólidos não é tarefa simples para nosso país, pois exige diálogo


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No artigo "É preciso avançar quanto a resíduos sólidos" ("Tendências/Debates", 21/5), o sr. Diógenes Del Bel avaliou a proposta de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) como ambiciosa, mas que não traria de imediato "nenhum grande avanço em padrões de qualidade ambiental e modelos de gerenciamento".
Construir um modelo de PNRS não foi tarefa simples nos países desenvolvidos e não o é para o Brasil, pois exigiu uma formulação conjunta do poder público, setor empresarial e a sociedade. A própria Folha destacou este esforço no editorial "A evolução do lixo" (8/4).
Após 19 anos sem definição, nos últimos 20 meses um grupo de trabalho parlamentar, coordenado por mim, promoveu um diálogo intenso com a sociedade e, assim, a proposta foi por unanimidade aprovada na Câmara, com o respaldo do setor empresarial, ambientalistas, acadêmicos e o movimento nacional dos catadores.
Agimos agora para que o Senado delibere rapidamente.
A PNRS cumpre a Constituição Federal e oferece diretrizes para a gestão e o gerenciamento dos resíduos. Estados e municípios estabelecerão legislações próprias, dentro das suas peculiaridades e realidades, estabelecendo um modelo eficiente que priorizará a não geração de resíduos, a reciclagem, a destinação adequada e o engajamento da sociedade.
Sobre os resíduos industriais, foram estabelecidas regras sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que estão diretamente vinculadas ao processo de licenciamento da atividade industrial.
A responsabilidade compartilhada prevista na lei realmente não é a solução para todos os males.
Contudo, representa um avanço importante ao explicitar o papel dos vários agentes envolvidos, incluindo produtores, comerciantes, consumidores e poder público.
Também proporciona segurança jurídica, ao colocar na lei determinações que antes constavam em normas do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) ou em termos de ajustamento de conduta específicos.
Portanto, surpreende-me a postura de um setor específico que, atacando a proposta, atrapalha a aprovação da lei e defende o atual "salve-se quem puder"!
A PNRS estabelece o conceito de ciclo de vida dos produtos, determina a logística reversa, o sistema declaratório e o inventário, fortalece as cooperativas de catadores, institui os acordos setoriais, fundamenta-se nos princípios do direito ambiental e ainda dispõe sobre conceitos e normas que conformam legislação moderna, eficaz e com grandes benefícios.
Caberá à política o papel de fio condutor para compatibilizar diversas iniciativas, estabelecer premissas, coordenar mudanças de atitudes e nortear a sociedade para o desenvolvimento sustentável.
O momento é de nos prepararmos para economia de baixo carbono, e a PNRS se somará a outras políticas nacionais, como a de saneamento, a de mudanças climáticas, a de meio ambiente e a de educação ambiental, sinalizando nosso compromisso com a qualidade de vida no planeta.


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ARNALDO JARDIM é deputado federal pelo PPS-SP e coordenador do Grupo de Trabalho Parlamentar para Aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

E-mail: arnaldojardim@arnaldojardim.com.br

 

 

 

 

 

Múltis inovam no reúso de materiais

Valor Econômico – SP, 07/06/2010, especial, F-15

Vladimir Goitia, de São Paulo

Com investimentos de, em média, R$ 5 milhões por ano na última década, a área de meio ambiente da Tetra Pak Brasil tornou-se referência mundial graças ao desenvolvimento de novas tecnologias de reciclagem - uma delas permite a separação das camadas de papel, plástico e alumínio das embalagens. Hoje, já são 33 as empresas que reciclam os materiais da embalagem da Tetra Pak. O plástico e o alumínio, por exemplo, é transformado por 22 delas em telhas para casa populares. Tecnologias mais avançadas, como a de gaseificação, estão permitindo gerar, com esses mesmos componentes, parafina, material refratário e alumínio em pó, utilizado principalmente em tintas e pigmentos. "Este ano, vamos investir entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões na área ambiental e em inclusão social, setores da empresa que englobam coleta seletiva e reciclagem", conta o presidente da Tetra Pak Brasil, Paulo Nigro. A indústria mantém ainda um portal sobre a "rota da reciclagem" (www.rotadareciclagem.com.br). A ideia é aproximar ainda mais as cooperativas de catadores das empresas recicladoras. Já a HP, que investe mais de US$ 1 bilhão ao ano no mundo todo em design e teste de suas impressoras, cartuchos e papéis, busca rentabilidade e baixo custo. "Nossos produtos não só respeitam a racionalização de matéria-prima como a eficiência energética", diz Kami Saidi, diretor de operações e sustentabilidade da HP Brasil. Desde 1991, a HP investe continuamente no programa global de reciclagem Planet Partner Program, com o qual já reprocessou mais de 320 milhões de cartuchos de tinta. Neste ano, a HP deve alcançar 1 milhão de toneladas em produtos reciclados nas suas subsidiárias espalhadas pelo mundo. No Brasil, onde investe US$ 5 bilhões por ano em pesquisa e desenvolvimento - incluindo tecnologias para reciclagem -, serão mil toneladas de hardware, 500 mil cartuchos e três toneladas de baterias. Esses números superam as 800 toneladas de hardware, os 350 mil cartuchos e as duas toneladas de baterias recicladas em 2009. Num programa inédito, cartuchos e componentes de hardware são transformados em PET, que é enviado ao Canadá, onde é reutilizado na fabricação de peças para impressoras. Nos EUA, os cartuchos coletados viram novo cartucho. A HP Brasil tem uma cadeia de logística reversa com 55 centros de coleta no país, além de um esquema "porta a porta" em regiões onde os centros estão mais distantes. "Lançamos recentemente um programa piloto em parceria com a Walmart e com a Kalunga, onde a HP colocou pontos de coleta", diz Kami. Segundo ele, já são 120 ao todo e esse número deve aumentar com a parceria que vem sendo costurada com o Pão de Açúcar. Mas, acrescenta o executivo da HP, "precisamos de contrapartidas do setor público, que, por sua vez, necessita fazer sua parte". "Não pedimos subsídios, mas desoneração fiscal para produtos reciclados, que acabam sendo duplamente tributados", acrescenta Nigro, da Tetra Pak.

 

 

Brincando de Reciclar

Diário do Nordeste - CE - INFANTIL - 06/06/2010

Que tal treinar a cidadania e praticar a reciclagem no jogo online "Coleta na Cooperativa"? O canal disponível no site Cultura Ambiental nas Escolas, desenvolvido pela Tetra Pak, ensina de uma forma lúdica quais materiais são recicláveis e de que forma são separados em uma cooperativa de catadores. Os itens que devem ser selecionados aparecem no canto inferior à direita e mudam a cada nova fase. Estes devem ser arrastados quando passarem pela esteira e jogados no cesto. As tentativas são mostradas no canto superior direito e cada acerto vale um ponto. Para jogar acesse

http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/multimidia/jogos/coleta-na-cooperativa e divirta-se. Fonte:Tetra Pak que tem o slogan "Protege o que é bom"

 

 

ONG critica demora do poder público em aprovar política

Valor Econômico - SP - 7/6/2010 F4

Vladimir Goitia, para o Valor, de São Paulo

Quase 21 anos depois de ter começado a ser discutida, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) definirá o que fazer com o lixo que é descartado todos os dias. Hoje, mais do que nunca, resíduo é sinônimo de dinheiro, porque o que é jogado fora pode ser reciclado ou processado. "Há consenso entre todos os setores envolvidos de que a lei é um marco na história do país", comemora Silvano Costa, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do Ministério do Meio Ambiente. De acordo com ele, a nova política de resíduos sólidos define instrumentos que possibilitarão significativas mudanças na área ambiental e, inclusive, a ampliação do índice de reciclagem, um dos mais baixos do mundo. Mas o sistema da cadeia de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos no país mostra ainda uma série de deficiências. Entre elas, a da cultura de reciclagem, a da educação ambiental, da infraestrutura de armazenamento e, claro, a dos serviços. Daí, de acordo com ambientalistas, a necessidade de mudanças substanciais para que o Brasil continue a decolar nesse campo, "chave para a luta contra as mudanças climáticas e para a preservação do meio ambiente". Costa têm consciência dessas deficiências, mas garante que o governo federal vem trabalhando para superá-las. Ele acredita que, com a lei em vigor, o Brasil ficará no patamar de países europeus e dos Estados Unidos na questão de destinação e tratamento de resíduos sólidos urbanos, que, com a explosão do consumo, fez com que, no começo deste ano, as Nações Unidas emitissem um alerta. Para a ONU, China e Índia, além de países africanos e latinoamericanos, estarão entre os principais geradores de lixo eletroeletrônico no mundo na próxima década. Não custa lembrar que, no Brasil, são mais de 10 milhões de computadores vendidos ao ano, e o país ainda sustenta o recorde de mais de 180 milhões de celulares habilitados, com um índice de renovação de aparelhos a cada 18 meses. Entretanto, ainda de acordo com a ONU, o Brasil tem até um diferencial em relação a outros mercados emergentes por contar com a possibilidade de implementar novas tecnologias de reciclagem. Mas, alertam os ambientalistas, isso não é suficiente para resolver o problema. Para eles, o país "vive ainda na Idade Média" no que se refere a esse assunto. "É uma vergonha que o país esteja tão atrasado no estabelecimento de uma política - e não apenas de uma lei - para resíduos sólidos urbanos que são jogados sem escrúpulos no meio ambiente. Isso exprime a cultura de degradação que temos no Brasil. Isso é também resultado do descaso das autoridades com o meio ambiente e com a cidadania", critica Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica. Mantovani acredita que a demora na aprovação do PNRS foi "a pior demonstração de omissão" do poder público nas últimas duas décadas. "Com a lei em vigor, acredito que teremos condições de mudar a história. Não só do ponto de vista de inclusão social e de proteção ao meio ambiente, mas também do ponto de vista de geração de renda e de emprego." Tendo em vista, por exemplo, que o mercado de reciclagem de produtos eletroeletrônicos no Brasil é recente, a nova legislação abre inúmeras oportunidades de emprego na separação de componentes recicláveis. Para o presidente do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), Victor Bicca, quanto melhor classificado o material, maior valor ele terá no mercado e mais renda será gerada para os catadores, que hoje não passa de R$ 500 a R$ 600 ao mês. Ele lembra também que, sem ter legislação alguma, o Brasil criou uma modalidade de coleta que gerou mais de 600 cooperativas, nas quais trabalham acima de 1 milhão de pessoas. Ou seja, insiste ele, esse modelo promoveu inclusão social e gerou renda e emprego. Porém, de forma informal. "O programa nacional de resíduos vem para tentar resolver esse problema e formalizar de vez essa realidade." Apesar de algumas diferenças de ponto de vista, num aspecto os setores público, privado e órgãos não governamentais estão de acordo: a lei traz grandes avanços e expressa, claramente, a formalização do gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos. Entre as principais novidades estão a responsabilidade compartilhada - do fabricante ao consumidor - e a obrigatoriedade da logística reversa, que nada mais é do que o retorno de embalagens e produtos para as indústrias depois de terem sido descartados pelos consumidores. Entretanto, esse processo é caro e complicado, mas a lei dá opções para cada segmento industrial em razão das suas características diferentes. Por exemplo, eletroeletrônicos velhos não poderão ser recolhidos por catadores. Isso exigirá um sistema de recolhimento diferenciado. O fabricante pode até dar descontos em um novo produto se o consumidor levar o velho a um determinado local de coleta. Mas para isso será necessário um pacto entre fabricantes, as três esferas de governo e o consumidor. Ainda pelas novas regras, os envolvidos na cadeia de comercialização de um produto precisarão chegar a um consenso sobre as atribuições e obrigações de cada uma das partes. Por isso, as empresas terão prazo para apresentar propostas de acordo, mas quem perder o timing ficará sujeito à regulamentação federal. A lei obrigará também os municípios a aumentar a coleta seletiva. Eles terão um prazo de quatro anos a partir da vigência da lei para organizar melhor a coleta. Costa, do Ministério do Meio Ambiente, afirma que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) já destinou R$ 1,5 bilhão para que municípios se ajustem à lei e possam usar recursos na construção de aterros e locais de triagem e acabar com os atuais lixões. De acordo com o estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em média são gastos R$ 8,93 por mês por habitante na destinação de lixos sólidos urbanos. Dos materiais coletados, aproximadamente, 56,8% têm destino adequado e o restante (21,7 milhões de toneladas) vai para lixões e aterros controlados que não contemplam requisitos ambientais necessários.

Resultados só surgirão depois da regulamentação

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) será um "verdadeiro presente" para o Brasil, avalia o presidente do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), Victor Bicca. Para que a lei comece a dar resultados práticos será necessário, primeiro, conseguir a sua regulamentação. O Cempre torce para que isso ocorra já entre julho e dezembro deste ano. "O segundo passo serão os acordos setoriais. E o melhor cenário para alcançar esse objetivo é o primeiro semestre de 2011, quando serão debatidos os destinos para os resíduos sólidos que estão na rua", afirma o presidente da entidade. Bicca, que também é diretor de assuntos governamentais da Coca-Cola, relata que a indústria brasileira tem sinalizado, junto ao governo federal e a entidades de classe, que tentará fechar esses acordos o mais depressa possível. O grande desafio da PNRS será a reciclagem, já que o Brasil amarga um dos índices mais baixos. Apenas 12% das mais de 182 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados diariamente nas grandes cidades do país são reciclados, de acordo com o estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, divulgado ao final de maio pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O objetivo, de acordo com Ministério do Meio Ambiente, é elevar essa taxa para 20% ou 25% até 2015. "O índice de reciclagem no Brasil só vai aumentar se houver coleta seletiva adequada nos municípios, hoje um dos maiores gargalos nacionais", alerta Bicca. Apenas 14% dos brasileiros contam com o serviço de coleta seletiva, e somente 3% dos resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades são coletados. O fato é que 43,2% dos resíduos urbanos - o equivalente a quase 70 mil toneladas - coletados diariamente no Brasil vão parar em lixões a céu aberto e outros locais inadequados, sem contar que mais de 21 mil toneladas por dia sequer são coletadas e acabam abandonadas em córregos ou terrenos baldios. Na avaliação do Cempre, para que esse volume seja transferido para locais certos, os municípios precisarão fazer investimentos. Recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) , encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente, identificou que o potencial de reciclagem no país - caso todo o material encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras tivesse destino correto - é de R$ 8 bilhões por ano. "Desse total, apenas de R$ 1,3 bilhão a R$ 3 bilhões são reciclados anualmente. Ou seja, tem pelo menos R$ 5 bilhões em lixo que são jogados literalmente no lixo", diz o presidente do Cempre. Para melhorar todos esses dados negativos será necessário um forte engajamento da sociedade, na avaliação de ambientalistas e executivos de grandes indústrias. Pesquisas recentes mostram que mais de 70% dos brasileiros têm consciência ambiental. Mas somam apenas 10% aqueles que adotam procedimentos corretos de separação de lixo, por exemplo. Os ambientalistas afirmam que não há razões para imitar o que se faz na Europa ou nos Estados Unidos, onde são colocados à disposição do cidadão coletores para cada tipo de resíduo sólido. No Brasil, explicam eles, as pessoas precisam separar só o lixo orgânico do seco, já que a triagem dos resíduos sólidos é feita por cooperativas que empregam milhares de catadores que precisam desse emprego. Sobre as cooperativas, que são mais de 600 no país e empregam mais de 1 milhão de pessoas credenciadas, Bicca aponta uma série de vantagens por estimular a geração de empregos, nos quais os catadores ganham, em média, de R$ 500 a R$ 600. "Se colocarmos a lei em prática, estaremos formalizando essa atividade e criaremos inúmeros postos de trabalho e uma remuneração mais digna." Para incentivar as empresas a investir no processo de logística reversa e na conscientização do consumidor, empresários afirmam ser necessárias contrapartidas do poder publico, principalmente na desoneração de produtos reciclados. (V.G.)

 

 

Lei vai dar sustentação para a reciclagem

Valor Econômico - SP - 7/6/2010 F13

Vladimir Goitia, para o Valor, de São Paulo

Caixas de papelão, telhas, placas para construção civil, plásticos, canetas, vassouras de vários tipos e até componentes de impressoras, além de outras centenas de produtos, são resultados da chamada logística reversa, praticada há algum tempo por inúmeras empresas. Com a entrada em vigor do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determina a responsabilidade de toda a cadeia produtiva sobre o processo de coleta, destino, reciclagem e restituição dos descartes sólidos, incluindo eletroeletrônicos, esse procedimento passa ser obrigatório para todas as indústrias do país. Embora a falta de uma lei federal e a proliferação de leis estaduais e municipais tenham atrasado práticas estabelecidas há muitos anos na Europa e nos Estados Unidos, algumas empresas brasileiras e multinacionais vêm investindo em políticas sustentáveis. "A lei, apesar de atrasada, é fundamental para a indústria da reciclagem e chega na hora certa. Além de criar condições econômicas para transformar resíduo sólido em produtos com valor agregado, vai gerar garantias legais para investimentos nessa área", diz Wilson Quintella Filho, presidente do Instituto Estre. Para ele, os riscos de investimento ficaram muito claros durante os desdobramentos no Brasil da recente crise financeira mundial, quando diversas cooperativas de reciclagem quase quebraram. Segundo ele, o preço do quilo de ferro reciclado, por exemplo, chegou a cair de R$ 0,36, no início de 2008, para apenas R$ 0,06 no começo do ano passado. Com a recuperação da economia, o preço recuperou-se e já superou os R$ 0,36. Ainda nessa onda da nova lei de resíduos sólidos, Quintella antecipa que a Estre Ambiental já está estruturando novos investimentos em reciclagens de PET, papel e óleo lubrificante, entre outros. Por meio da Oxil (lixo ao contrário), adquirida há dois anos, a Estre já recicla cerca de 5 mil toneladas por ano de produtos da linha branca, computadores e telefones. "Cerca de 500 geladeiras por dia viram matéria-prima que enviamos para várias siderúrgicas", conta.

 

 

 

 

 

Estado e município prometem destinação correta do lixo

Publicada em 26/05/2010 às 20h48m

Tulio Brandão

O governo do estado e a prefeitura do Rio querem dar um rápido fim ao problema da gestão do lixo na Região Metropolitana e no interior. A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, informou que em três anos todos os resíduos gerados pela população fluminense terão destinação adequada - em aterros sanitários e outras áreas com tecnologia permitida. O prefeito em exercício da capital, Carlos Alberto Muniz, declarou que o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica será inaugurado já em 2011, para substituir o Aterro de Gramacho, que hoje recebe praticamente toda a carga de lixo da capital.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira, no primeiro dia do Rio Ambiente, evento organizado pela Firjan e por parceiros para discutir a gestão dos resíduos sólidos. Reportagem do GLOBO publicada no mesmo dia apresentou um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) que revela os problemas do estado com o lixo: um terço dos resíduos gerados pela população fluminense ainda tem destinação inadequada - vai parar em lixões, margens de rios ou aterros precários.

Leia mais:Estado do Rio tem 98 lixões irregulares

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/26/estado-municipio-prometem-destinacao-correta-do-lixo-916700695.asp

Meio ambiente como lixeira

Estudo revela que um terço dos detritos produzidos diariamente no estado do Rio é jogado em rios ou lixões

Publicada em 25/05/2010 às 23h53m

Tulio Brandão

RIO - O Estado do Rio ainda não perdeu o velho hábito de empurrar o lixo para debaixo do tapete. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) revela que 36% dos resíduos sólidos gerados pela população fluminense não têm destinação adequada - vão definitivamente para o fundo de lagoas, rios e baías ou são depositados em lixões clandestinos ou aterros controlados que funcionam em condições precárias. O volume é equivalente, por dia, a 7.189 toneladas, incluindo as 879 toneladas que sequer chegam a ser recolhidas de ruas, favelas e ecossistemas.

Os números só não são piores porque a entidade deu ao aterro de Gramacho o status de aterro sanitário, apesar dos passivos ambientais às margens da Baía de Guanabara. A alegação foi que o empreendimento possuía licença e vem recebendo intervenções na área, como o aproveitamento do gás metano e o controle de estabilidade do solo. Mas o próprio Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que emitiu a licença, informou que Gramacho não pode ser considerado um aterro sanitário. Isso porque a licença foi concedida apenas para a remediação e o encerramento do aterro.

O diretor executivo da Abrelpe, Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, avalia que a tendência é de melhora para o Rio, mas o quadro atual - apenas um pouco melhor que o de estados mais pobres - está longe de ser satisfatório.

- O percentual de destinação inadequada de São Paulo, por exemplo, é de 24%. O Rio, sem incluir Gramacho na conta, que muitos não consideram um aterro sanitário, chega a 36%. Com Gramacho, o percentual se inverte: o estado chegaria a 76% de destinação inadequada dos resíduos. Mas a tendência, nos próximos anos, é de melhora - afirma.

Leia a íntegra desta reportagem em O Globo Digital (somente para assinantes).

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/25/estudo-revela-que-um-terco-dos-detritos-produzidos-diariamente-no-estado-do-rio-jogado-em-rios-ou-lixoes-916692045.asp

 

 

 

 

 

Ecoponto

O Instituto Samambaia formalizou uma parceria junto a Cooperativa D'Esperança e a Associação SOS Vida com o objetivo de implementar o Selo Verde, EcoPonto e EcoBoutique.

A Cooperativa cuida do trabalho desenvolvido no EcoPonto e parte do faturamento da venda do material industrial beneficia a Associação SOS Vida, que utiliza este recurso para o desenvolvimento de seus projetos sociais. Em contra partida, a Associação desenvolve palestras de prevenção do HIV/AIDS nas empresas que participam do projeto Selo Verde, nas comunidades e ainda oferece assistência aos portadores da doença.

O Ecoponto do Instituto Samambaia é uma solução para acabar com o despejo de materiais inservíveis como garrafas pet, vidro, Tetra Pak, papelão, plástico e material eletrónico, que acabam por gerar problemas de saúde pública, enchentes e ainda oneram o orçamento municipal.

O programa Selo Verde é uma iniciativa do Instituto que tem por fim conscientizar as empresas do uso racional dos recursos renováveis e não renováveis, para gerar menos resíduos e desperdício. As empresas que participam têm seus resíduos coletados e armazenados para depois serem encaminhados para centrais de reciclagem, onde são pesados e vendidos para as indústrias.



 

http://www.isca.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17&Itemid=19&lang=pt

 

Workshop em Quintino recebe público acima da expectativa

Qua, 31 de Março de 2010 15:16

Cerca de dez mil pessoas passaram pelo Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante (Cetep) Quintino nesta terça-feira, 30 de março de 2010. Os visitantes participaram dos eventos que fizeram parte da programação do workshop Faetec no mundo trabalho, realizado ao longo do dia. A iniciativa, que faz parte da meta estratégica da presidência da Fundação de Apoio a Escola Técnica, teve como objetivo apresentar os cursos de formação profissional oferecidos e ampliar a relação com o mercado de trabalho.

- O número de empresas participantes superou a expectativa, contávamos com 40, mas muitas mandaram representantes que apenas visitaram a feira sem permanecerem em estandes, conta Bianca Fogli, diretora de Articulação Institucional e de Educação da Faetec e organizadora do evento.

Trinta estandes ocuparam as principais vias de acesso interno do Cetep com exposições das unidades de ensino da Faetec. Arte, moda, hotelaria, beleza, ensino comercial e ensino a distância estavam logo na entrada fazendo um painel de algumas das especializações da formação inicial e continuada. Em seguida estavam as unidades de ensino médio de nível técnico que trouxeram equipes de mecânica, produção de vídeos e eventos, entre outras modalidades. Os alunos dos cursos tecnológicos dos Institutos Superiores apresentaram as novidades de gestão ambiental, ciências da computação e de educação.

Em todos os estandes alunos, professores, servidores e convidados se informavam sobre inovações, conteúdos e experiências desenvolvidas pelos estudantes.

As empresas que participaram do workshop foram surpreendidas pelo grande número de jovens e adultos que buscavam oportunidades de empregos ou estágios. Alguns até já queriam saber informações mais detalhadas sobre produtos e atividades profissionais.

Nira Fraga, representante da Desafios e Soluções em Recursos Humanos-DSRH, informou que 600 cópias do formulário para encaminhamento de profissionais para empresas foram preenchidas, o que vai permitir uma ampla oferta de mão de obra. Em volta dos estandes dos agentes integradores CIEE, Fundação Mudes, Instituto Capacitare e Lab´s Dor, os alunos disputavam espaços para deixarem seus dados com vistas a oportunidades de estágios.

Empresas como McDonald´s, Fabrimar e Drogaria Raia também levaram cadastros de alunos em buscas de emprego. Nos estandes estavam ainda, Bob´s, Totaline, Suvinil, Eletromar, Reciclar Design, Recicoleta, Inspiração, Embeleze, Graftic Design, Metrô Rio, Embratel, Net prime, Fabrimar, Confort Rio e Atrevo com Design.

A unidade móvel da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) realizou 200 serviços entre emissões de carteira profissional (1ª. e 2ª. via), fotos 3x4 e cadastros de trabalho para o Sistema Nacional de Empregos (SINE). No Balcão de encaminhamentos haviam algumas oportunidades e teve atendimentos também para deficientes físicos.

- Fizemos um encaminhamento direto para uma empresa mas a grande procura dos alunos foi mesmo para a emissão da primeira carteira de trabalho, explica Rejane De Laet, da equipe da assessoria especial de projetos, eventos e apoios logísticos da Setrab.

Entre os alunos os comentários sobre a feira eram sobre a oportunidade de poder conhecer melhor a Faetec e os contatos com as empresas. Erik Silveira, do segundo ano de Eletrônica da Escola Técnica Estadual República, lamentava com amigos o fato de, no final da tarde, quando chegou ao posto móvel da Setrab, não ter conseguido a sua carteira profissional. Entretanto, era contagiante a alegria do grupo que já tinha visitado toda a feira.

Na tenda cultural, localizada em um ponto central do evento, bandas e grupos musicais se apresentaram em uma programação que reuniu ainda alunos do ensino fundamental, produções das Escolas de Artes Técnicas (EATs), desfiles de modas e, no fechamento teve a participação do grupo Afro Lata, de Vigário Geral.


http://www.faetec.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1064:mostra-profissional-recebe-publico-acima-da-expectativa-com-festa-em-quintino&catid=12:noticias&Itemid=20

 

 

Centro Social São Vicente recebe homenagem


O Centro Social São Vicente foi homenageado hoje no Centro Cultural Sylvio Monteiro pelo programa ReciColeta em reconhecimento ao seu desempenho na coleta e triagem das embalagens longa vida, pós consumo, ação positiva para o meio ambiente no ano de 2009.

http://blog.patronato.org.br/2010/03/19/centro-social-sao-vicente-recebe-homenagem/

 

Embalagens recicladas podem ser transformadas em outros objetos
Canetas, telhas e artesanatos são alguns exemplos

Por Rapha Silva

rapha.silva@hotmail.com

Com extensas possibilidades de reciclagem as embalagens cartonadas de leite, conhecidas como longa vida, passam despercebidas por boa parte da população. O material composto de várias camadas de material duplex, polietileno de baixa densidade e alumínio, a embalagem contém barreira que impede a entrada de luz, água e microorganismos nos alimentos e bebidas.

O Recicoleta é uma unidade exclusiva para compra e recebimento de embalagens longa vida (caixas de leite, suco, massa de tomate, milho, outros) no Rio de Janeiro. “A finalidade é aumentar a coleta dessas embalagens e sensibilizar a população sobre a reciclagem, evitando sua destinação inadequada para aterros sanitários e lixões. É realizada a conscientização através da educação ambiental e responsabilidade social em igrejas, escolas, projetos sociais, é possível procurar o lugar mais próximo para reciclar através do sistema de busca rota da reciclagem.” Comenta Paulo Ribeiro, responsável pelo projeto.

O Instituto Ambientalista Reviverde abrange de forma ampliada materiais reciclados com a intenção de evitar o desperdício de embalagens que poderiam voltar ao seu ciclo de vida, é realizado atividades de educação ambiental junto aos condomínios, clubes e empresas. Cada tonelada de embalagem cartonada reciclada gera aproximadamente, 650 kg de papel Kraft, economizando o corte de 20 árvores cultivadas em áreas de reflorestamento comercial. Informações do Instituto Reviverde comandado por Regina Laginestra.

Processo de reciclagem

Existem diversas tecnologias disponíveis para a reciclagem de embalagens cartonadas. A reciclagem das fibras e do plástico/alumínio que compõem a embalagem começa nas fábricas de papel, em um equipamento chamado "hidrapulper", semelhante a um liquidificador gigante. Durante a agitação do material com água e sem produtos químicos, as fibras são hidratadas, separando-se das camadas de plástico/alumínio. Em seguida, essas fibras são lavadas e purificadas e podem ser usadas para a produção de papel utilizado na confecção de caixas de papelão, entre outros.

Outra tecnologia, esta nova e inédita, desenvolvida no Brasil, trabalha com o processamento do composto de plástico/alumínio em um forno de plasma. O sistema aquece a mistura de plástico e alumínio a altíssimas temperaturas em uma atmosfera sem oxigênio (que preserva a qualidade do alumínio). Neste processo, o plástico se quebra em moléculas, transformando-se em parafina e o alumínio se funde, tornando-se matéria-prima pura novamente, que pode voltar a ser folha para uso em embalagens longa vida.

Antes de um produto ser tornar produto ele era apenas matéria prima que a vista de uma pessoa sem ideias ou sem informação pode classificá-lo como lixo. Reciclar prova que nada é lixo e tudo pode ser transformado em luxo de acordo com suas intenções. Embalagens se transformam em canetas, telhas, abajur, artesanatos ou se tornam embalagens novamente. É possível desenvolver uma política de educação ambiental aliando a responsabilidade social conscientizando a população das vantagens da reciclagem como esses dois excelentes projetos.

http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=4440

 

 

Projeto Reciclagem nas Escolas de Arraial do Cabo terá continuidade em 2010

( Publicado em 2010-01-21 09:29 ) Por: MEIO AMBIENTE


Foto por: Eduardo Alves

O Projeto “Reciclagem nas Escolas” lançado em julho de 2009, pela Secretaria do Ambiente de Arraial do Cabo em parceria com a Fundação do Meio Ambiente, Empresa Clean e a Cooperativa Recicoleta está a todo vapor. Há cinco meses a Cop Clean realiza o recolhimento do material nas 11 escolas do município cabista e os envia para Recicoleta, retornando depois às unidades de ensino, sendo passada aos alunos como papel, lápis e borracha.
De acordo com o Secretário do Ambiente, David Barreto, o objetivo do projeto é desenvolver ações conjuntas e integradas, visando à proteção do meio ambiente, a conscientização e cidadania dos alunos, através da destinação do lixo ambientalmente correta, realizadas nas Unidades Municipais de Ensino, com a criação do projeto.
– Antes, consciência ecológica e desenvolvimento sustentável eram sinônimos de processos difíceis ou caros para amenizar o problema ambiental. Hoje, parte do problema, vem sendo resolvida com a reciclagem nas escolas, cuja atividade contribui, e muito, para a redução do impacto da presença do homem ao meio ambiente – disse David Barreto.
Segundo o Diretor de Divisão de Qualidade Ambiental, Marlon Oliveira, a reciclagem, em âmbito mundial, caminha ainda a passos muito lentos. Na Espanha, por exemplo, só se recicla 11% dos resíduos. Em países como Holanda e França, já se reciclam de 30 a 50%.
– O Brasil, mesmo quando comparado a alguns países desenvolvidos, apresenta elevados índices de reciclagem. O país desenvolveu métodos próprios para incrementar essa atividade e o maior engajamento da população pode contribuir, ainda mais, para o aumento do índice de embalagens reaproveitadas – explicou Marlon.
Ele acrescentou ainda que o projeto foi bem aceito pelos estudantes, por isso, entre os meses de janeiro e fevereiro irão chegar mais Kits do Projeto Reciclagem nas Escolas, para que este ano o trabalho possa começar juntamente com o início do ano letivo.
– Dessa forma poderemos dar mais assistência aos alunos, estimulando a conscientização em relação ao Meio Ambiente, através de palestras e demonstrações, pois isso facilita o entendimento de cada um, propiciando um rápido entrosamento dos alunos com a preservação do Meio Ambiente – concluiu Marlon.
Fonte: ASCOM
http://www.arraial.rj.gov.br/prefeitura/?local=ver_noticia&id=377

 

Blitzes ambientais vão resultar em multas para lixões


Fiscalização começa esta semana e vai envolver PF e secretarias estadual e municipais de Meio Ambiente da Região Metropolitana
POR MARIA LUISA BARROS

Rio - A partir desta semana, os lixões localizados no estado do Rio, como os que que resultaram na maior tragédia de Niterói provocada por deslizamentos, vão ser alvo de blitzes ambientais, segundo o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

“Vamos dar duro nos lixões com a aplicação de multas pesadas, começando pelos municípios da Região Metropolitana e seguindo para o interior”, diz o parlamentar, autor da Lei Estadual 4191/03 da Política de Resíduos Sólidos, que trata do fim dos aterros clandestinos, da instalação de consórcios intermunicipais e da formação de cooperativas de catadores, entre outras medidas, para reduzir o impacto dos lixões.

De acordo com o superintendente de Qualidade Ambiental da Secretaria Estadual do Ambiente, Walter Plácido, não é possível interditar todos os lixões do estado, mas dá para transformá-los em aterros controlados, como os de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e o de Itaoca, em São Gonçalo, para onde foram levadas as toneladas de resíduos do Morro do Bumba, em Niterói, onde morreram pelo menos 46 pessoas.

Existem 62 lixões no Estado

Hoje, existem em todo o estado 62 vazadouros (lixões), sendo 48 em operação, com a presença de catadores, crianças, animais de pequeno e grande porte, segundo a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa). Os 19 municípios da Região Metropolitana produzem, por dia, uma média de 15 toneladas de resíduos.

Enquanto os países pensam em soluções para reduzir os efeitos nocivos do lixo, as cidades fluminenses desperdiçam toneladas de materiais que poderiam ser recicladas. O relatório feito pela Secretaria Estadual do Ambiente para o Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, divulgado com exclusividade por O DIA, ontem, mostra que, dos 92 municípios fluminenses, só 11 investem em reciclagem. Menos da metade das prefeituras (32 municípios) do Rio têm Unidades de Triagem e Compostagem, onde o lixo é separado para reciclagem e transformado em adubo. Segundo o diagnóstico, foram investidos R$ 150 milhões nos municípios para acabar com os lixões nos últimos 20 anos. Mas a maioria das unidades está abandonada.

“Muitas vezes, prefeituras pequenas recebem o dinheiro para implantar o aterro, mas não conseguem arcar com os custos da operação”, explica a secretária estadual de Ambiente, Marilene Ramos, que aposta na formação de consórcios. “Cada um entra com uma parte e não sai caro para ninguém”, finaliza ela.

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/4/blitzes_ambientais_vao_resultar_em_multas_para_lixoes_76031.html

 

 

TELHAS EM TROCA DE EMBALAGENS LONGA VIDA

A educação ambiental pode ser abordada das mais diversas formas. O que importaé assegurar a compreensão de todas as vantagens relacionadas ao reaproveitamento dos resíduos. Uma parceria entre o Instituto Vital Brazil (IVB), em Niterói (RJ), e a Recicoleta, do Rio de Janeiro, vem tornando o entendimento da cadeia de valor em torno da reciclagem muito concreto e simples.

Desde outubro de 2007, o IVB recebe, de seus funcionários e da comunidade, embalagens longa vida que são trocadas por telhas ecológicas fabricadas a partir do plástico/ alumínio das embalagens. O IVB arrecadou, até dezembro de 2009, mais de 65 mil unidades e recebeu 15 telhas ecológicas de alta durabilidade e capazes de diminuir o calor em até 30%, pois refletem a radiação solar.

Objetivo alcançado

As telhas foram utilizadas para substituir a cobertura da Exposição Permanente de Animais Peçonhentos do instituto que comporta cerca de oito serpentes e vinte artrópodes (aranhas, escorpiões e lacraias). “A temperatura elevada no recinto não é favorável para a biologia desses animais e a troca das telhas diminuiu a mortalidade nos períodos mais quentes”, comemora Luiza Perin, bióloga e coordenadora de projetos ambientais do IVB.

A arrecadação continua com novos objetivos como a doação das telhas para famílias da comunidade do Morro Vital Brazil em projeto social promovido pelo IVB. A Recicoleta tem feito parcerias com o governo do estado, municípios e instituições para implantação de projetos de recolhimento de embalagens longa vida com benefícios como troca de material escolar produzido com as próprias embalagens recicladas, recursos financeiros ou doação do material para uma cooperativa local. O modelo de troca pelas telhas vem gerando campanhas movimentadas em uma escola municipal de Nova Iguaçu (para cobertura da quadra esportiva) e em uma igreja (para o telhado de uma creche e, depois, para casas de famílias carentes).


“Esse tipo de iniciativa pode ser reproduzida em qualquer local do Brasil, desde que se avalie bem os parceiros para a implantação, coleta, destinação e comercialização dos resíduos”, detalha Paulo Ribeiro, da Recicoleta. “Além das vantagens econômicas e sociais, essas campanhas trabalham a educação ambiental e, portanto, a conscientização de todos os envolvidos.”

http://www.cempre.org.br/cempre_informa.php?lnk=ci_2010-0102_mercado.php

 

 

 

Teresópolis dá início ao projeto de Coleta Seletiva
- Programa, lançado nesta segunda-feira, vai ajudar a proteger o meio ambiente e realizar inclusão social

Da Redação

Começou nesta segunda-feira, 21, o programa de Coleta Seletiva Solidária em Teresópolis. O caminhão da Prefeitura já circula pelos bairros atendidos pelo programa para divulgar os dias em que recolherá o lixo seco, como papel, plástico, vidro e metal. Os moradores também receberão em suas casas um informativo sobre a coleta, que começará em janeiro de 2010. O programa foi lançado oficialmente pela Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil no Teatro Municipal.

A solenidade contou com as presenças do Prefeito Jorge Mario, Secretários Municipais, Vereadores e representantes da Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) e da empresa multinacional Tetra Pak. Membros da Associação de Catadores Serrana ‘Reciclar é preciso’ e de Associações de Moradores também participaram da cerimônia. Na ocasião, foi assinado o Termo de Doação de Equipamentos para o trabalho da Associação de Catadores Serrana. Teresópolis é a primeira cidade do Estado do Rio de Janeiro a aderir ao projeto, iniciado em Santa Catarina.

O Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária tem como finalidade proteger o meio ambiente, realizar inclusão social, através da geração de empregos para os catadores, e possibilitar a maior longevidade do aterro sanitário, além de reaproveitar os materiais recicláveis. “Este lançamento é uma grande vitória para nós do Governo, para os catadores da Associação e para a população, pois todos ganham com a coleta seletiva. Agradeço a parceria de diversas Secretarias Municipais, entidades e empresas, entre elas, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Saúde e Serviços Públicos, Abipla, Abihpec, Tetra Pak e Cervejaria Petrópolis. O primeiro passo foi a reestruturação do Aterro Sanitário, que estava abandonado. Formamos a Associação de Catadores, adquirimos o caminhão e estamos realizando cursos de capacitação de gestores”, ressaltou o Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Flavio Luiz Castro, lembrando que o programa atenderá 12 bairros a princípio, além de escolas e grandes geradores da região, como empresas, órgãos públicos e comércio em geral, mas a expectativa é ampliar esse número. As pessoas também podem depositar seu lixo seco nos ecopontos que serão espalhados pela cidade, inclusive no interior. A previsão é de que nos próximos dois anos sejam instalados 80 ecopontos em Teresópolis.

Em seu discurso, o Prefeito Jorge Mario elogiou a dedicação do Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil e sua equipe e ressaltou a inclusão social que o programa pretende oferecer. “Este é um belo trabalho e devemos nos orgulhar deste projeto, pois ele vai ajudar a mudar a vida dos catadores, oferecendo trabalho e renda com condições dignas, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Esse programa vem de encontro a um dos nossos principais compromissos de campanha que é a inserção de pessoas excluídas das políticas públicas num contexto social digno. Parabéns aos catadores da Associação pela força de vontade e pelo empenho com que se dedicam ao programa”, salientou Jorge Mario, destacando a ação na qual 23 famílias que moravam no aterro sanitário foram conduzidas para uma moradia adequada, atendidas pelo programa de aluguel social da Prefeitura.

O Presidente da Associação de Catadores Serrana, Valney dos Santos, agradeceu a iniciativa da Prefeitura em realizar a coleta seletiva. “Agradeço também a todas as entidades parceiras da Coleta Seletiva Solidária. Todos nós, catadores, vamos nos empenhar em fazer um excelente trabalho na Associação”. As Diretoras Executivas da Abipla e da Abihpec, Maria Eugênia Saldanha e Rose Hernandes, respectivamente, também elogiaram o pioneirismo da Prefeitura de Teresópolis em aderir ao projeto que começou em Santa Catarina. “A disponibilidade da cidade em aderir ao programa reúne os esforços da Prefeitura em conjunto com os catadores, empresários, entre outros, em prol do meio ambiente e da inserção social”, comentou Maria Eugênia Saldanha.

Na ocasião foi apresentado o vídeo institucional da Prefeitura que será veiculado nas tvs locais a fim de divulgar a forma como será feita a coleta seletiva. Quem tiver dúvidas sobre a coleta seletiva ou sobre qualquer outro assunto relacionado à Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil, pode ligar para 2742-7763.

Coleta Seletiva Solidária

A coleta seletiva solidária será feita por caminhão específico da Prefeitura, sob o comando da Secretaria de Meio Ambiente. Serão recolhidos papel, papelão, garrafas de plástico e latas de cerveja e de refrigerante, entre outros materiais. A Secretaria de Meio Ambiente percorrerá as comunidades para distribuir panfletos e explicar aos moradores como a coleta será feita.

A coleta seletiva é chamada de solidária porque todo o material recolhido será entregue à Associação Serrana de Catadores, formada por cerca de 40 catadores. Os moradores devem separar o lixo seco do molhado. O lixo seco, formado por plástico, vidro, papel e metal, será recolhido pelo caminhão da coleta seletiva, que também vai recolher óleo vegetal. O lixo molhado, ou orgânico, continuará sendo recolhido pelos caminhões da Secretaria de Serviços Públicos.

http://www.odiariodeteresopolis.com.br/leitura_noticias.asp?IdNoticia=13089

 

 

Encontro reúne 150 catadores de materiais recicláveis em Teresópolis
- Troca de experiências e o fortalecimento da categoria foram as temáticas do evento

Da Redação

Proporcionar uma troca de experiências entre os catadores do Estado do Rio e aproximar os profissionais deste setor que atuam na cidade e na Região Serrana foram os objetivos do I Encontro Regional de Catadores de Materiais Recicláveis em Teresópolis. O evento aconteceu no último sábado, 27, na Casa de Cultura Adolpho Bloch. Com realização da Prefeitura de Teresópolis, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, o encontro contou com a assessoria operacional da Circus (Circuito de Interação de Redes Sociais), e a participação de representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, da Secretaria Estadual do Ambiente, do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e da empresa multinacional Tetra Pak.

“Teresópolis nunca teve esse tipo de atividade e a troca de experiências que o encontro proporcionou é importante para que façamos tudo certo no Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária. Além disso, os nossos catadores se sentirão parte de um movimento mundial que cresce a cada dia devido à importância da preservação ambiental”, ressaltou Flavio Castro, Secretário Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil.

Participaram do evento 150 catadores de vários municípios: Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, Carmo, Volta Redonda, Barra Mansa, Cabo Frio, Belford Roxo, Nilópolis, São João de Meriti, Mesquita, Niterói e Rio de Janeiro. “A proposta do encontro foi promover uma integração produtiva entre os trabalhadores deste segmento, tendo em vista o desenvolvimento das cooperativas que atuam nos municípios fluminenses e sua união, para fortalecer a comercialização conjunta de materiais recicláveis“, destacou Valney Santos, presidente da Associação de Catadores Serrana, que falou sobre ‘Tipos de organização e objetivos da Associação de Catadores Serrana’.

http://www.odiariodeteresopolis.com.br/leitura_noticias.asp?IdNoticia=13901

 


 

Encontro do GARSD

(Aliança Global para Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável)

 

O segundo encontro do GARSD (Aliança Global para Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável), realizado em Bangcoc em novembro do ano passado, mostrou que, de fato, os esforços em prol do meio ambiente ganham mais força quando pensados em bases internacionais. As particularidades precisam ser percebidas e respeitadas sem se tornarem um empecilho para ações que gerem resultados mais eficazes.

É exatamente nesse sentido que caminham as ações do Cempre fora do Brasil. As portas estão sempre abertas para compartilhar ideias, acertos e dificuldades, e os resultados dessa postura têm sido muito positivos como demonstram os representantes dos países que formam o GARSD, fundado em 2007.

Participaram do encontro as seguintes associações: Cempre Brasil, Cempre Colômbia, Cempre Uruguai, Sustenta México e a TIPMSE Tailândia. A PETCO, uma organização da África do Sul, também acompanhou o evento e foi oficialmente convidada a fazer parte do GARSD.

Veja na Íntegra




EVENTOS ANTERIORES

 

RECICOLETA DEP. DE RECICLÁVEIS RJ LTDA
Rua Sete de Março, 232 - Bonsucesso
Rio de Janeiro - CEP: 21043-030
Contato: Paulo Ribeiro Tel: (21) 9214-9474

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