Eventos
e Notícias - 2010
Prefeitura
incentiva reciclagem
Cerca de três toneladas de resíduos
são recolhidas por mês
ANGRA DOS
REIS
Ações
ecologicamente corretas estão
fazendo parte da rotina da prefeitura
e seus funcionários, através
do Programa Municipal de Coleta Seletiva,
que incentiva a reciclagem e sustentabilidade.
A iniciativa é da Secretaria
de Meio Ambiente e coordenada pela Gerência
de Conservação e Projetos
Ambientais. Na sede da prefeitura, localizada
na Praça Nilo Peçanha,
Centro, todos os resíduos gerados
pelos funcionários durante o
expediente, como copos plásticos
e papel, terão destinação
adequada, o que facilita a reciclagem.
Cerca de três toneladas de resíduos
são recolhidas por mês
através do programa.
O programa consiste na separação
adequada dos resíduos sólidos
recicláveis (lixo reciclável)
nas repartições públicas
municipais, de modo a garantir que o
lixo reciclável seja de fato
reciclado. Quando não há
a separação correta, ele
pode ser desperdiçado, indo para
os aterros sanitários, misturado
ao lixo comum. Foi implantado nas repartições
públicas da prefeitura há
cerca de cinco meses e já abrange
cerca de 90% das sedes, como a Secretaria
de Meio Ambiente, a Defesa Civil e a
TurisAngra. Além disso, também
foi implantado nas unidades de Angra
do Instituto Nacional do Ambiente (Inea)
e da Procuradoria Geral do Estado. A
Polícia Federal (PF) deve ser
a próxima.
Os funcionários da prefeitura
receberam palestra a respeito do funcionamento
do programa. Calendários com
instruções sobre reciclagem
e o funcionamento do programa foram
fixados nas paredes. A sede recebeu
48 lixeiras com o símbolo da
reciclagem, feitas especialmente para
o programa, as quais foram distribuídas
entre os setores, sendo que 20 delas
ficaram no 2º andar do prédio,
onde funciona o gabinete do prefeito.
Nelas são depositados plástico,
papel, vidro, ferro, papelão,
alumínio e caixas Tetra Pak,
sendo que tudo deve estar limpo e seco.
O lixo reciclável é recolhido
semanalmente pelos agentes da Secretaria
de Meio Ambiente.
Outros tipos de resíduos, como
lâmpada, papel carbono, isopor,
acrílico, papel plastificado,
papel aluminizado, etiquetas e detritos
orgânicos ficam de fora e devem
ser ensacados em sacos plásticos
coloridos normais.
Com a intenção de reduzir
o uso de copos descartáveis,
foram distribuídas canecas plásticas
com o brasão da prefeitura para
alguns funcionários. Também
foram distribuídas aos funcionários
lembrancinhas com um pouco do composto
produzido na Unidade de Processamentos
de Resíduos Verde (UPR Verde),
as quais são feitas de adubo
orgânico, produzido com podas
de árvores (galhos, folhas e
derivados). A UPR Verde foi criada para
dar a destinação final
adequada aos resíduos de poda
em geral, evitando que fiquem em locais
inapropriados, como calçadas
e ruas. Os resíduos são
triturados e transformados em terra
vegetal, que depois é aplicada
no solo de canteiros públicos
e de reflorestamentos.
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Telhas
e Caixinhas Tetra Pak
Muito por acaso, fomos surpreendidos por um
projeto muito interessante e que facilmente
poderia contar com nossa ajuda. A Paróquia
de Santo Antônio, que fica bem perto
da Atrevo, está coletando todo e qualquer
tipo de embalagem tetra pak para que sejam
recicladas e transformadas em
TELHAS!!
Assim, poderá finalizar a obra no orfanato
que é responsável.
Antes de
você questionar como a reciclagem de
caixinhas de leite, extrato de tomate e demais
condimentos que utilizem este material como
embalagem podem virar telhas, nós dizemos:
é completamente possível!
A Atrevo
ofereceu seus serviços para criar o
cartaz de divulgação interna
desta campanha bem como a exposição
em shoppings da região. Além
disso, estamos ajudando da maneira mais óbvia:
trazemos todas as semanas essas embalagens
de nossas residênicas e de parentes
para aumentar cada vez mais a quantidade arrecadada.
E
você? O que está esperando para
também ajudar? Quer saber mais? Entre
em contato conosco agora mesmo!
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Aterro
de Teresópolis recicla duas toneladas
de lixo por dia
Novo aterro ainda faz tratamento de água,
esgoto e chorume.
O aterro sanitário
controlado de Teresópolis ajuda o meio
ambiente e, ao mesmo tempo, abre oportunidade
de trabalho. O aterro, que funciona há
dez meses, faz a coleta seletiva e recicla
todo o material.
Onde hoje existe um aterro
sanitário controlado, há um
ano havia um lixão a céu aberto.
A área foi recuperada e o terreno adaptado
para receber camadas de lixo, que são
cobertas por terra. O aterro funciona num
sistema de consórcio entre quatro municípios.
Todos os dias chegam à área
de descarte 130 toneladas de lixo de Teresópolis,
e mais quinze toneladas das cidades de Carmo,
Sumidouro e São José do Vale
do Rio Preto. No local também é
tratado o material retirado da limpeza de
esgotos e fossas e o chorume, o resíduo
líquido produzido pelo lixo.
- Com frequencia realizamos
analise da água que sai da nossa estação
de tratamento e já foi observado que
ela sai muito mais limpa do que a que vem
do rio que passa na cidade. Isso mostra que
nossa estação funciona perfeitamente
e está melhorando a qualidade de vida
da nossa cidade e protegendo o meio ambiente
explicou Maurício Lopes, sub-secretário
de meio ambiente da cidade.
O Ministério Público
Estadual determinou o encerramento da atividade
dos catadores no antigo lixão. O barracão
que sobrou vai ser fechado em menos de um
mês.
Com o novo aterro, os
catadores foram remanejados para o programa
de coleta seletiva. Com a implantação
do programa a cidade passou a reciclar duas
toneladas de material por dia.
O serviço é
subsidiado pela prefeitura e por parceiros
que doaram equipamentos, como balanças,
prensas e elevadores. Quarenta ecopontos
foram instalados na cidade para coletar o
lixo reciclável. Além disso
a coleta seletiva de porta em porta está
em 23 bairros de Teresópolis.
- É muito
simples separar o material. A gente só
pede a separação do material
reciclável. O material orgânico
é recolhido pela coleta de lixo normal
e o lixo seco, reciclável, recolhido
pela coleta seletiva. Nossa meta é
reciclar 20%do lixo de Teresópolis
afirmou Leandro Coutinho da Graça,
diretor de programas e projetos da Secretaria
de Meio Ambiente e Defesa Civil.
LONGA
VIDA AO CICLO
JORNAL DE SANTA CATARINA
25/10/2010 | N° 12079
A embalagem subiu no
telhado
Telhas mais leves e com
menos passagem de calor. Essas duas características
já seriam suficientes para optar por
esse revestimento para o seu telhado. Quando
o modelo é feito com material reutilizado
e tem preço equivalente ao tradicional,
então, restam poucas dúvidas.
Líder na produção
de embalagens longa vida e preocupada com
a cadeia da reciclagem, a Tetra Pak decidiu
expandir sua cadeia pós-consumo em
1999. Além de dar uma nova função
aos materiais, o desejo da empresa era criar
renda e movimentar a economia. Foi assim que
surgiram as placas de telhas produzidas a
partir de uma mistura de plástico e
de alumínio presente nas conhecidas
caixinhas de leite ou suco. Antes, apenas
o papel dessas embalagens era reutilizado
pela indústria papeleira para confecção
de papelão ondulado e caixas.
Os dados do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas indicam que
as telhas feitas com antigas embalagens são
mais duráveis e resistentes do que
os modelos tradicionais, feitos de amianto
e de fibrocimento. Além disso, elas
reduzem a passagem do calor em 30%. Alguns
modelos feitos a partir das embalagens podem
ser até 25% mais baratos.
Hoje, cerca de 17 fábricas
em todo o Brasil utilizam a mistura de plástico
e alumínio para o desenvolvimento de
placas rígidas. Em São Domingos,
Santa Catarina, a Tecfort produz placas para
palmilha de calçado com o papel que
vem das caixinhas. O destino do alumínio
e do plástico que sobra do processo
é a fabricação das telhas.
Todos os meses, entre 2,5 e 3 mil telhas são
produzidas na indústria catarinense.
A parceria já completou seis anos e,
para Mauricio Batistella, da Tecfort, alcança
o principal objetivo: vender.
Conseguimos colocá-las
no mercado com facilidade reforça
Batistella.
Faetec
recebe certificação do INEA
Projeto de Coleta Seletiva
Sex, 22 de Outubro de
2010 14:19
No dia 21 de outubro, a Faetec recebeu certificação
do INEA, pela participação no
programa Coleta Seletiva Solidária,
no auditório da Presidência,
na unidade Quintino.
O Projeto Coleta Seletiva Solidária,
iniciado em outubro de 2009, é uma
realização da secretaria de
estado do ambiente (SEA), do Instituto Estadual
do Ambiente (INEA) através de sua Gerência
de Educação Ambiental, vinculada
à Diretoria de Gestão das Águas
e Territórios (DIGAT), em parceria
com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UER) e a SEEDUC.
O evento teve início com a professora
de física da rede estadual, Raquel
Bento, que informou para a platéia
a importância da coleta seletiva realizada
em escolas, onde o público alvo do
programa são diretores, professores,
alunos e funcionários das escolas públicas
estaduais do Rio de Janeiro.
De acordo com a Raquel Bento, que também
é Assessora do INEA, o programa Coleta
Seletiva Solidária nas escolas estaduais
visa assessorá-las na implantação
da coleta. Dessa forma, o programa apóia
as escolas no atendimento ao decreto estadual
no 40.645/07, publicado em 9 de março
de 2007, o qual institui a separação
dos resíduos recicláveis nos
órgãos e entidades da administração
pública estadual, direta e indireta,
na fonte geradora, e a sua destinação
às associações e cooperativas
de catadores de materiais recicláveis.
Após a apresentação da
professora da escola estadual Souza Aguiar,
o consultor em gerenciamento de resíduos,
Paulo Roberto Carvalho Ribeiro, da Tetra Pak,
falou da importância d destinação
correta do material utilizado nas escolas
e da conscientização dos alunos
em não desperdiçar o líquido
da caixinha.
Paulo está neste
projeto desde a sua criação,
que foi em janeiro de 2007 e trabalha em uma
unidade para recebimento exclusivo de embalagens
longa vida (leite, suco, massa de tomate,
achocolatado, milho, outros) no RJ e ES. Trabalha
na conscientização, sensibilização
e comercialização destas embalagens.
- Nossa finalidade é aumentar a coleta
destas embalagens e sensibilizar a população
sobre a reciclagem, evitando sua destinação
inadequada para aterros sanitários
e lixões. Recebemos as embalagens em
qualquer quantidade prensada ou solta (avaliaremos
o volume e disponibilidade de caminhão
na rota), armazenamos e depois enviamos para
o reciclador, afirma Paulo.
- Pagamos um preço justo e igual para
todos os envolvidos neste trabalho, além
de dar todo apoio e ferramentas (big bags,
folhetos, faixas, palestras) que ajudem na
divulgação, conclui Paulo.
Durante a palestra, informou sobre o trabalho
de responsabilidade social, o qual inclui
igrejas, escolas, projetos sociais, associações
e outros segmentos da sociedade civil, que
consiste na troca de embalagens longa vida,
cadernos, canetas, etc...
Ribeiro informou ainda que já existe
a comercialização de telhas
e placas ecológicas feita da reciclagem
das embalagens, no tamanho: 2,20 x 0,94 x
6mm peso 13 kg e convidou o público
a visitar o site WWW.recicoleta.com.br, para
saber sobre o programa Cultura Ambiental nas
escolas, iniciativa da Tetra Pak.
Logo após, a presidente da Cooperativa
de Serviços e Trabalho Cooperangel
Ltda, Ângela Alvim, afirmou sobre a
importância da reciclagem de garrafa
Pet, coleta seletiva de papéis, vidros,
ferro, plástico, reaproveitamento de
óleo vegetal residual e de cozinha.
A Cooperangel é uma sociedade cooperativa
de natureza civil sem fins lucrativos, também
denominada de Baixada Pet Programa
de Educação Técnica Ambiental
Cooperangel, com sede em São João
de Meriti.
Ao final do evento foi feita a entrega do
certificado de participação
do programa de capacitação dos
gestores escolares, para implantação
da coleta seletiva solidária pelo INEA
e pela Cooperangel, para os setores da Faetec;
receberam os certificados pela DDE, Mírian
Lourdes de Melo Sekiguchi; pela DIF, Ana Cleide
Santos Barbosa; e pela presidência,
Ubirajara Junior.
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Estado
do Rio formaliza pacto para triplicar reciclagem
de lixo
Meta a longo prazo é
reaproveitar cerca de 40% do que é produzido
Texto: Camila Ruback / R7
Material proveniente de coleta
seletiva é separado por tipo e cor em usinas
de reciclagem
Publicidade
Governos estadual e municipal,
Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro, empresários, administradores de
condomínios e cooperativas de catadores uniram-se
em torno de um projeto comum: formar uma verdadeira
cadeia de reciclagem de lixo na capital fluminense
para alcançar a meta de, a curto prazo, triplicar
o volume de material reciclado na cidade. O ato,
denominado Pacto pela Reciclagem, teve um termo
de compromisso assinado por todos na quinta-feira
(5).
Antes da assinatura, cada um
dos atores da iniciativa fez uma exposição
das tarefas a que se comprometiam executar para
alcançar a meta.
O pacto foi elaborado a partir
de reuniões ocorridas na Alerj, nos últimos
três meses, nas quais cada setor envolvido
com a reciclagem apontou os principais obstáculos
e se comprometeu com ações para ampliar
a coleta seletiva do Rio.
Dentro do pacto, a Secretaria
do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente se
comprometeram, entre outras ações,
a apoiar a Comlurb na disponibilização
de área para a construção de
galpões; ampliar o Projeto de Coleta Seletiva
Solidária, financiado com recursos do Fundo
Estadual de Conservação Ambiental,
agora envolvendo os condomínios vinculados
à Abadi; apoiar a estruturação
das cooperativas de catadores de materiais recicláveis;
e ampliar a rede de apoiadores do Centro do Rio,
organizado pela Comlurb.
Segundo a secretária
Marilene Ramos, a união de esforços
permitirá triplicar, a curto prazo, o lixo
reciclado no Rio, hoje em cerca de 3% do total de
material reciclável coletado. Das 8.000 toneladas
diárias de lixo domiciliar coletadas, 40%
poderiam ser destinados à reciclagem.
A meta a longo prazo
é chegar a 30%, talvez até aos 40%,
índices considerados viáveis economicamente,
mas, queremos chegar já aos 10%, dentro de
um ano, no máximo, dois anos. Com isso, o
pacto também vai gerar emprego e renda para
uma parte da população que não
tem outra forma de sobrevivência e que, muitas
vezes, trabalha em condições inadequadas,
insalubres. Vamos proporcionar condições
para que esse pessoal trabalhe em lugares adequados
e com segurança.
Confira também
Rio terá "aterro
ecológico" para 5.000 t/dia
Rio tem desafio de tratar 80%
do esgoto
Marilene Ramos ressaltou ainda o potencial dos benefícios
ambientais e econômicos proporcionados pelo
pacto.
A coleta seletiva propiciará
economia de energia, economia de recursos naturais,
cuja exploração pode ser substituída
por material reaproveitado, economia de espaços
nos aterros sanitários que deixam de receber
uma parte do lixo coletado, enfim, uma economia
em todos os aspectos.
O presidente da Comissão
Permanente de Ciência e Tecnologia da Alerj,
Carlos Minc, informou que tramita na casa um projeto
de lei, que deverá ser aprovado em breve,
desonerando o ICMS sobre o material reciclado.
Isso vai fazer com que
este material fique mais interessante para as empresas
comprarem. Nosso objetivo é para que o plástico
e o vidro virem que nem latinha de cerveja e refrigerante.
Ele adiantou que a indústria
também vai apoiar as cooperativas a atingirem
a meta, assumida com o pacto, de aumentar em 50%
o material reciclado.
O secretário municipal
de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, informou
que a prefeitura vai construir, até o fim
do ano, numa área desapropriada, de cinco
mil metros quadrados, perto da Central do Brasil,
o primeiro dos seis galpões para coleta seletiva
de lixo, que vão acabar com o problema das
cooperativas de catadores, hoje trabalhando a céu
aberto. Este é um dos compromissos da prefeitura
assumidos com o pacto, ao lado da implantação
do Programa de Coleta Seletiva Solidária
nos 2.110 prédios da administração
pública municipal, entre outras medidas.
http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/estado-do-rio-formaliza-pacto-para-triplicar-reciclagem-de-lixo-20100806.html
ReciColeta/Tetrapak
e Cooperativa de Catadores de Arraial do Cabo fazem
parceria para compra de embalagens longa vida
em POLUIÇÃO E
LIXO URBANO , 12 Temas
A Secretaria Municipal do Ambiente
de Arraial do Cabo acaba de mediar uma parceria
entre a Cooperativa de Catadores Costa do Sol e
a
ReciColeta para a compra de embalagens longa vida
da Tetrapak coletadas no município.
O acordo foi firmado por meio
do chefe da Divisão de Qualidade Ambiental,
biólogo Marlon Souza, e a Superintendência
de Projetos Especiais. De acordo com Marlon, as
vantagens decorrentes da parceria são diversas
e, dentre elas destaca-se a garantia da compra pela
ReciColeta desses recicláveis a R$ 0,18/
Kg (dezoito centavos/Kg) já prensado. Anteriormente
a mesma pesagem era comercializada a
R$ 0,6/Kg (seis centavos/Kg) representando um ganho
de 300% na receita da cooperativa de catadores.
As embalagens longa vida Tetrapak
pós-consumo (caixas de leite, suco, massa
de tomate, achocolatado, milho, entre outros) serão
recolhidas pela ReciColeta e destinadas ao reprocessamento
industrial para fabricação de diversos
produtos ecológicos que serão inseridos
no mercado como telhas, canetas, réguas,
entre outros produtos. A Cooperativa Costa do Sol
estará inicialmente comercializando 5.000
Kg de embalagens já prensadas no galpão
da Usina de Reciclagem de Lixo.
Na opinião do secretário
municipal do Ambiente, David Barreto, ações
como essas devem ser incentivadas com vistas à
maior geração de renda dos catadores,
promoção da reciclagem e proteção
ao ambiente.
Nossa finalidade é aumentar a coleta
destas embalagens e sensibilizar a população
sobre a importância da reciclagem, evitando
sua destinação inadequada para aterros
sanitários e lixões disse o
secretário.
David informou ainda que, nessa
parceria também está prevista a manutenção
e o aperfeiçoamento do Projeto Reciclagem
nas Escolas promovido pela Secretaria Municipal
do Ambiente e Ong Clean destinado ao recolhimento
destas embalagens (longa vida).
O projeto teve início no ano passado
e tem sido um sucesso, pois os alunos acabam se
conscientizando da importância da preservação
ambiental concluiu o secretário.
por Ravi Arrabal em 24.06.2010
http://www.humanomar.com.br/topico/recicoletatetrapak-e-cooperativa-de-catadores-de-arraial-do-cabo-fazem-parceria-para-compra-de-embalagens-longa-vida?PHPSESSID=57f089fecc8d210c537172007a4bb7ac
Com
nova lei do lixo, Brasil pode deixar de perder
R$ 8 bi
Helton Simões
Gomes
Instalação
de unidade de reciclagem que recebe
incentivo da Tetra Pak
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Na natureza, nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma. A máxima
de Lavoisier, que resume a lei de conservação
de massas, pode também sintetizar a
aposta da Política Nacional de Resíduos
Sólidos na reciclagem e no reaproveitamento
de materiais. E não é para menos.
Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Aplicada)
mostrou que o Brasil perde R$ 8 bilhões
por ano ao não reciclar o resíduo
antes de encaminhá-lo a um aterro ou
lixão. A indústria tem
grande interesse em receber esse material
porque é mais barato do que o extraído
da natureza, explica Gustavo Luedemann,
um dos autores da pesquisa.
Atualmente, com reciclagem
de apenas 12% do material disponível,
a atividade já geraria benefícios
entre R$ 1,4 bilhão e R$ 3,3 bilhões
anuais, estima o estudo. [A nova
lei] Vai fazer com que o fabricante não
precise retirar insumos da natureza novamente
para produzir um novo item, declara
Sérgio Gonçalves, diretor de
Ambiente Urbano do MMA (Ministério
do Meio Ambiente). Antes de pegar o
petróleo para produzir uma garrafa
pet, o produtor terá que reaproveitar
ao máximo todas as garrafas pet que
já existem. A lei induz a isso fortemente,
exemplifica.
Para chegar aos R$ 8 bilhões
desperdiçados, o Ipea colocou na balança
não só os recursos econômicos
diretamente envolvidos na produção,
mas também os ativos ambientais despendidos.
Do lado econômico entra os gastos com
insumo, que poderiam ser enxugados com o emprego
de materiais recicláveis. A conta também
considera a economia com água e energia
elétrica. A utilização
dos recicláveis liberaria maior espaço
em aterros, atrasando a abertura de novos
depósitos.
Do lado ambiental, pesam
a extração mineral e a exploração
vegetal. A reutilização reduziria
as subtrações de matéria-prima
para confecção de novos produtos.
Diminui também a emissão de
gases do efeito estufa. Aqui, os pesquisadores
consideraram o valor cobrado por créditos
de carbono para converter o volume de gás
em dinheiro. Luedemann explica que, mesmo
sem metas para cortar a emissão destes
gases fixada pelo Protocolo de Kyoto, o Brasil
perde em vantagem competitiva. Perde
no poder de barganha nas negociações
internacionais e perde os compradores que
querem manter uma linha mais verde,
comenta.
Coleta seletiva
O catador é
o elo entre o que pode ser reutilizado na
cadeia industrial e o que vai ser aterrado,
pontua Luedemann. A nova lei destinará
recursos do governo para que este trabalhador
se profissionalize. Além disso, será
responsabilidade das empresas criar cadeias
de produção mais sustentáveis.
Com isso terão que elaborar produtos
recicláveis e fazer o recolhimento.
Antes mesmo de a lei ser sancionada, já
existe empresas que fazem isso.
Produzindo cerca de 90%
de todas as embalagens cartonadas, a Tetra
Pak já fabrica embalagens recicláveis
e há 15 anos desenvolveu a tecnologia
para separar as camadas de plástico
e papelão que a compõem. Além
disso, a empresa ajuda cooperativas a instalarem
oficinas de processamento e instalou postos
de coleta seletiva em supermercados. Somente
25% das pessoas tem acesso à coleta.
Com a implantação da nova lei,
esse número vai duplicar, projeta
Fernando Von Zuben, diretor executivo de meio
ambiente da Tetra Pak.
Outra iniciativa
da empresa foi a criação do
Portal Rota da Reciclagem, um site com abrangência
nacional para o internauta identificar a cooperativa
mais próxima de sua casa. O paulista
pode acessar ainda outro endereço com
a mesma função. O e-lixo permite
que o usuário pesquise um local que
seja especializado no material a ser descartado.
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Depois
de duas décadas de debate, Brasil institui
Política Nacional de Resíduos
Sólidos
UOL - SP - NOTÍCIAS
- 02/08/2010
Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
Em cerimônia no
Palácio do Itamaraty, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva sanciona,
nesta segunda-feira (2), em Brasília,
a lei que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos.
A proposta, que tramitava
desde 1991 no Congresso Nacional, responsabiliza
os fabricantes, importadores, distribuidores,
comerciantes e consumidores pelo ciclo de
vida dos produtos. Com isso, as empresas serão
obrigadas a desenvolver a chamada logística
reversa: um conjunto de ações
para tratar o que resta do produto após
o uso pelo consumidor, seja reutilizando,
reciclando ou descartando os dejetos de forma
apropriada. Entre os produtos estão
baterias, pilhas, lâmpadas, eletroeletrônicos
e embalagens em geral.
A lei que passou
quase vinte anos no Congresso é resultado
de esforço grande num texto que atende
ao momento atual no Brasil. Ela é renovadora
e traz alguns princípios novos e modernos
como a responsabilidade compartilhada de toda
uma cadeia produtiva (...). É o primeiro
passo, já é um indicador que
a gente evoluiu, comemora Victor Bicca
Neto, presidente da entidade sem fins lucrativos
Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem).
Outra importante medida
da nova lei é a determinação
para que Estados e municípios acabem
com seus lixões. Em vez deles, os governos
municipais e estaduais deverão construir
aterros sanitários, que normalmente,
têm vida útil de 20 a 30 anos.
A diferença entre
lixões e aterros é a gestão,
segundo explica o diretor de Ambiente Urbano
da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos
e Ambiente Urbano do MMA (Ministério
do Meio Ambiente), Sérgio Gonçalves.
No lixão, o lixo é deixado
a céu aberto sem cuidados sanitários
necessários. Os resíduos são
jogados de qualquer jeito no ambiente. Já
no aterro, há gestão correta
do rejeito. Ele [o aterro] tem normas técnicas,
área escolhida de forma correta, os
locais têm de ser impermeabilizados,
tem de haver coleta de gás: ou se queima
ou se aproveita. Se recolhe e trata o chorume
[líquido que sai do lixo], e os rejeitos
são compactados e aterrados,
detalha.
Um levantamento do MMA
apontou que as cidades brasileiras produzem
cerca de 150 toneladas de lixo por dia. Desse
total, 59% são destinados aos lixões
e apenas 13% seguem para os aterros sanitários.
O restante acaba tendo outros fins não
especificados pela pasta. A nova lei pretende
incluir o cidadão como co-responsável
pelo que consome e descarta.
Prática
Após a sanção, o primeiro
passo para colocar em prática as novas
regras será promover reuniões
com empresas e governos estaduais e municipais.
Já estão em andamento 34 acordos
de convênios e cooperações
com o governo federal, em 18 Estados. São
eles: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará,
Goiás, Mato Grosso, Maranhão,
Minas Gerais, Pará, Paraíba,
Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia,
Santa Catarina e Sergipe.
A expectativa do Executivo
é que até o fim do ano esses
locais apresentem um mapa da situação
de seus depósitos de lixo e quais locais
poderiam servir para a construção
de novos aterros, que receberiam dejetos de
vários municípios, que terão
de gerenciá-los em conjunto.
Pelo PAC 2 (segunda fase
do Programa de Aceleração do
Crescimento), o governo federal já
destinou R$ 1,5 bilhão para esta área.
O que o empresariado já
faz
Na área automobilística, uma
das mais aquecidas do país, a Anip
(Associação Nacional da Indústria
de Pneumáticos) criou em 2007 a Reciclanip
entidade sem fins lucrativos que trabalha
para dar um fim mais sustentável aos
pneus velhos; são 463 pontos de coleta
pelo país. A Reciclanip coletou 250
mil toneladas de pneus no ano passado. Um
pneu costuma demorar mais de 150 anos para
se decompor no meio ambiente.
Os fabricantes do setor
já investiram mais de US$ 95 milhões
no programa até o ano passado e a previsão
de investimento para este ano é da
ordem de US$ 25 milhões, segundo a
entidade.
Fundado em 1992, o Cempre
é outro exemplo de associação
sem fins lucrativos dedicada à promoção
da reciclagem. Ele é mantido por 30
grandes empresas privadas de diversos setores
como Alcoa, AmBev, Beiersdorf/Nivea, Carrefour,
Coca-Cola, Gerdau Klabin, Kraft Foods, Natura,
Nestlé, Pepsico do Brasil, Philips,
Procter & Gamble, Sadia, Souza Cruz, Suzano
Papel e Celulose, Tetra Pak, Unilever e Wal-Mart.
Em maio deste ano, o Cempre
fechou um acordo com o MMA para elaborar um
estudo qualitativo sobre o atual cenário
da reciclagem de eletroeletrônicos no
país, que contará com a participação
de todos os fabricantes e varejistas que fazem
parte da entidade.
O estudo será
um primeiro diagnóstico sobre o resíduo
que tem mais crescido. É um mercado
complexo, que sofre com a informalidade, que
é muito grande. O desafio é,
num período curto, fazer um diagnóstico
de como está a situação
em 10 capitais do Brasil, afirmou o
presidente da Cempre, Victor Bicca Neto, que
pretende entregar o documento até novembro
desse ano.
Lucro no lixo
Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada), divulgado em maio, identificou
que o país deixa de ganhar R$ 8 bilhões
por ano ao não reciclar todos os resíduos.
De acordo com a pesquisa,
somente 12% dos resíduos sólidos
urbanos e industriais são reciclados
e apenas 14% dos brasileiros são atendidos
pela coleta seletiva.
Diante do diagnóstico,
o MMA planeja estratégias para investir
em cooperativas de catadores e aumentar a
produtividade do segmento.
No entanto, em alguns
itens, o país fica bem posicionado
em nível mundial, como alumínio:
o Brasil é campeão mundial em
reciclagem no segmento de latinhas, conseguindo
reaproveitar 97% do que é vendido.
O Brasil ainda não
olha o lixo como uma potencialidade econômica.
Lixo não é coisa ruim, não.
Noventa por cento do que está ali pode
ser reutilizado, afirma Sérgio
Gonçalves.
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Política
Nacional de Resíduos Sólidos vai
a Plenário
O país deve ganhar
uma política nacional de resíduos
sólidos. Quatro comissões do
Senado aprovaram na tarde desta quarta-feira
(7) substitutivo da Câmara dos Deputados
ao projeto de lei do Senado (PLS 354/89) que
combate um dos mais sérios problemas
do país, que é a ausência
de regras para tratamento do lixo. A ministra
do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve
presente durante a votação.
A reunião conjunta
das comissões de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), de Assuntos
Econômicos (CAE), de Assuntos Sociais
(CAS) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor
e Fiscalização e Controle (CMA)
aprovou também urgência para
o exame da matéria pelo Plenário
do Senado, o que pode acontecer ainda hoje.
Lixões
O projeto proíbe
a criação de lixões,
nos quais os resíduos são lançados
a céu aberto. Todas as prefeituras
deverão construir aterros sanitários
adequados ambientalmente, onde só poderão
ser depositados os resíduos sem qualquer
possibilidade de reaproveitamento ou compostagem.
Será proibido catar lixo, morar ou
criar animais em aterros sanitários.
O projeto proíbe a importação
de qualquer lixo.
Com 58 artigos que ocupam
43 páginas, a Política Nacional
de Resíduos Sólidos apresenta
algumas novidades, entre elas a "logística
reversa", que obriga fabricantes, importadores,
distribuidores e vendedores a realizarem o
recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos
nesse sistema agrotóxicos, pilhas e
baterias, pneus, óleos lubrificantes,
lâmpadas (todas elas) e eletroeletrônicos.
Responsabilidade
Além disso, é
introduzida na legislação a
"responsabilidade compartilhada",
envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras
e os governos estaduais e federal na gestão
dos resíduos sólidos. A proposta
estabelece que as pessoas terão de
acondicionar de forma adequada seu lixo para
a coleta, inclusive fazendo a separação
onde houver coleta seletiva.
A proposta prevê
que a União e os governos estaduais
poderão conceder incentivos à
indústria de reciclagem. Pela nova
política, os municípios só
receberão dinheiro do governo federal
para projetos de limpeza pública e
manejo de resíduos sólidos depois
de aprovarem planos de gestão. Os consórcios
intermunicipais para a área de lixo
terão prioridade no financiamento federal.
As cooperativas de catadores de material reciclável
foram incluídas na "responsabilidade
compartilhada", devendo ser incentivadas
pelo poder público.
Com os incentivos e as
novas exigências, o país tentará
resolver o problema da produção
de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas
por dia. Desse total, 59% vão para
os "lixões" e apenas 13%
têm destinação correta,
em aterros sanitários. Em 2008, apenas
405 dos 5.564 municípios brasileiros
faziam coleta seletiva de lixo.
O projeto foi relatado,
na CMA, por Cícero Lucena (PSDB-PB)
e, na CCJ, na CAE e na CAS, por César
Borges (PR-BA). Participaram da reunião
conjunta, além dos integrantes das
quatro comissões, os presidentes da
CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO); da
CMA, Renato Casagrande (PSB-ES); e da CAS,
Rosalba Ciarlini (DEM-RN).
Djalba Lima / Agência
Senado
(Reprodução autorizada mediante
citação da Agência Senado)
103337
Assuntos Relacionados:
Assuntos Sociais, Câmara dos Deputados,
Defesa do Consumidor, Governo, Indústria,
Justiça, Meio Ambiente, Municípios,
Plenário
http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspx?codNoticia=103337&codAplicativo=2
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Um
terço do lixo reciclável de SP é
perdido
O Estado de S. Paulo - SP -
25/6/2010 C3
Um terço das 120 toneladas
de lixo reciclável que a Prefeitura de São
Paulo diz recolher em 74 dos 96 distritos diariamente
é desperdiçado. Essa quantidade representa
cerca de R$ 250 mil por mês e mais de R$ 3
milhões por ano.
O cálculo é do
presidente do Instituto Brasil Ambiente e autor
do livro Os bilhões perdidos no lixo, Sabetai
Calderoni. A conta leva em consideração
os preços na venda dos materiais para empresas
recicladoras.
O desperdício ocorre
porque as garrafas PET, o papel, as embalagens plásticas
e longa vida e o vidro são retirados das
ruas e colocados em caminhões compactadores,
que prensam o conteúdo. "Esse tipo de
caminhão não deveria ser usado. A
perda é grande porque o lixo vira uma paçoca
e não tem como recuperar. O material suja,
quebra, fica prensado", afirma a coordenadora
de ambiente urbano do Instituto de Estudos, Formação
e Assessoria em Políticas Sociais (Polis),
Elizabeth Grimberg. Por dia, não são
aproveitadas 42 toneladas de lixo. O ideal para
fazer a coleta do material, segundo Elizabeth, são
os caminhões gaiola, pelos quais o material
é transportado sem ser amassado.
"A cidade está pagando
caro por aterros, quando boa parte do lixo poderia
ser reaproveitada", afirma Calderoni. Por mês,
a Prefeitura paga R$ 48 milhões às
concessionárias Ecourbis e Loga, responsáveis
pela coleta, transporte e destinação
final do lixo. O valor inclui gastos com dois aterros
particulares e a coleta seletiva.
Nas cooperativas, o lixo que
chega nos caminhões compactadores leva muito
mais tempo para ser separado. Segundo Luzia Maria
Honorato, representante do Movimento Nacional dos
Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR),
em média um cooperado consegue fazer a separação
de 3 toneladas de lixo por mês. Sabetai diz
que o ideal seria 10 toneladas. "A quantidade
poderia ser muito maior se o material chegasse inteiro
e menos compacto", conta Maria.
A Loga e a Ecourbis afirmaram,
por meio de nota, que os compactadores são
exigidos no contrato com a Prefeitura.
Coleta falha. Além do
desperdício, a cidade enfrenta ainda problemas
no serviço de coleta seletiva, que se agravou
em maio.
As concessionárias alegam
que as cooperativas não estão dando
conta do processamento do material. "Há
uma precarização geral do serviço.
A cidade tem 18 cooperativas com mil trabalhadores.
É pouco. Elas ainda recebem o lixo misturado.
A cidade não investe na coleta, não
amplia o número de cooperativas", afirma
Jutta Gutberlet, pesquisadora e coordenadora do
projeto Brasil-Canadá para reciclagem. "A
reciclagem na cidade é apenas um fingimento",
critica Sabetai.
Cooperativa
emprega ex-moradores de rua para reciclar lixo
Há 21 anos em Pinheiros,
Coopamare tem como objetivo a reinserção
social e ensina vizinhança de classe média
a conviver com a diferença
por Eduardo Duarte Zanelato
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Debaixo
da ponte: a equipe de ex-moradores de rua
trabalha em um bairro nobre. A vizinhança,
antes resistente, hoje colabora. Vá
lá dentro pedir a Joana uma máscara,
aconselha Maria José dos Santos, uma
das 28 pessoas que trabalham na Cooperativa
de Catadores Autônomos de Papel, Aparas
e Materiais Reaproveitáveis (Coopamare),
em Pinheiros. Vamos mexer num material
que está guardado há muito tempo,
e os pelos que os ratos soltam irritam a garganta.
São 9h30 de uma manhã chuvosa,
e Maria José, junto de outros 25 trabalhadores,
trabalha rápido. A impressão
é que ali ninguém tem tempo
a perder. Conversar a gente até
conversa. A mão é que tem de
estar trabalhando, diz.
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O dia está começando,
e eles têm ao menos três toneladas de
sacos de lixo para separar, organizar em grandes
amontoados e comprimir em fardos de até 250
quilos. Esse material será vendido para indústrias
de reciclagem, e o montante arrecadado garantirá
de R$ 900 a R$ 1.000 mensais para cada um dos trabalhadores.
O objetivo da cooperativa é
empregar moradores de rua para que, com esse dinheiro,
eles consigam moradia e reinserção
social. Até o final do ano, eles pretendem
chegar a 50 cooperados. Seis recém-chegados
estão em treinamento. É o caso de
Paulo Eduardo Silva, de 39 anos, que há 20
anos vive como carroceiro. Nos últimos anos,
ele viveu em prédios abandonados e teve problemas
com alcoolismo. Viu o cartaz da Coopamare num centro
de assistência social e candidatou-se à
vaga. Abriram a última porta para mim.
É isso ou estou fora, diz, contente.
Ele está morando em um albergue associado
à cooperativa e pretende trocá-lo
por uma moradia assim que receber seu primeiro salário.
Exemplos como o de Paulo Eduardo são comuns
na cooperativa. A trajetória da atual presidente,
Dulcineia Silva Santos, de 46 anos (e 11 de casa),
é parecida com a dele. Vinda do Maranhão,
ela foi parar nas ruas após deixar o primeiro
emprego na cidade. Sem ter onde morar, pernoitava
em albergues e bebia muito. Depois de oito meses
nas ruas, entrou para a cooperativa. Alugou um quarto
de pensão em Pinheiros onde vive até
hoje e teve uma filha com um ex-cooperado.
Em dezembro, realizará o sonho da casa própria
e mudará para um apartamento no Centro da
cidade. A ideia é que quem entra na
Coopamare saia das ruas e em dois ou três
meses consiga moradia. Morar em albergue não
é vida. Ela se mantém com o
dinheiro que ganha ali e guarda a pensão
que recebe do pai de sua filha, Camille, de 7 anos.
Não quero que ela tenha a mesma vida
que eu.
A Coopamare fica num ponto nobre:
a Rua João Moura, em Pinheiros, sob o viaduto
da Avenida Paulo VI. Por falta de uma resolução
clara da prefeitura, eles já quase perderam
o direito de uso do espaço. Desde 2006, um
termo de concessão assinado pelo prefeito
Gilberto Kassab lhes dá respaldo. A prefeitura
exigiu, em contrapartida, que eles bancassem a obra
de proteção contra incêndio,
orçada em R$ 700 mil e ainda falta
dinheiro.
Quando chegaram ali, os cooperados
sofreram também com a resistência de
alguns moradores, que até tentaram retirá-los
do local, desconfiados da idoneidade do grupo. Hoje
a situação é bem diferente.
Cerca de 20% do material recebido é deixado
no portão da Coopamare por vizinhos. Como
diz a mensagem na enorme viga do viaduto, eles trabalham
a serviço da comunidade
e a comunidade aprendeu a se beneficiar do trabalho
da cooperativa.
COOPAMARE. R. Galeno de Almeida,
659 (esq. com a Rua João Moura), Pinheiros,
tel. 3088-3537, coopamare@terra.com.br
Acelerados: os cooperados processam no mínimo
três toneladas de lixo por dia
http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI148348-15375,00-
COOPERATIVA+EMPREGA+EXMORADORES+DE+RUA+PARA+RECICLAR+LIXO.html
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Brasil
aguarda uma política de resíduos ARNALDO
JARDIM --------------------------------------------------------------------------------
Construir
um modelo de Política Nacional de Resíduos Sólidos não
é tarefa simples para nosso país, pois exige diálogo
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No artigo "É preciso avançar
quanto a resíduos sólidos" ("Tendências/Debates",
21/5), o sr. Diógenes Del Bel avaliou a proposta de Política Nacional
de Resíduos Sólidos (PNRS) como ambiciosa, mas que não traria
de imediato "nenhum grande avanço em padrões de qualidade ambiental
e modelos de gerenciamento". Construir um modelo de PNRS não foi
tarefa simples nos países desenvolvidos e não o é para o
Brasil, pois exigiu uma formulação conjunta do poder público,
setor empresarial e a sociedade. A própria Folha destacou este esforço
no editorial "A evolução do lixo" (8/4). Após
19 anos sem definição, nos últimos 20 meses um grupo de trabalho
parlamentar, coordenado por mim, promoveu um diálogo intenso com a sociedade
e, assim, a proposta foi por unanimidade aprovada na Câmara, com o respaldo
do setor empresarial, ambientalistas, acadêmicos e o movimento nacional
dos catadores. Agimos agora para que o Senado delibere rapidamente. A
PNRS cumpre a Constituição Federal e oferece diretrizes para a gestão
e o gerenciamento dos resíduos. Estados e municípios estabelecerão
legislações próprias, dentro das suas peculiaridades e realidades,
estabelecendo um modelo eficiente que priorizará a não geração
de resíduos, a reciclagem, a destinação adequada e o engajamento
da sociedade. Sobre os resíduos industriais, foram estabelecidas regras
sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que estão
diretamente vinculadas ao processo de licenciamento da atividade industrial.
A responsabilidade compartilhada prevista na lei realmente não é
a solução para todos os males. Contudo, representa um avanço
importante ao explicitar o papel dos vários agentes envolvidos, incluindo
produtores, comerciantes, consumidores e poder público. Também
proporciona segurança jurídica, ao colocar na lei determinações
que antes constavam em normas do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) ou
em termos de ajustamento de conduta específicos. Portanto, surpreende-me
a postura de um setor específico que, atacando a proposta, atrapalha a
aprovação da lei e defende o atual "salve-se quem puder"!
A PNRS estabelece o conceito de ciclo de vida dos produtos, determina a logística
reversa, o sistema declaratório e o inventário, fortalece as cooperativas
de catadores, institui os acordos setoriais, fundamenta-se nos princípios
do direito ambiental e ainda dispõe sobre conceitos e normas que conformam
legislação moderna, eficaz e com grandes benefícios.
Caberá à política o papel de fio condutor para compatibilizar
diversas iniciativas, estabelecer premissas, coordenar mudanças de atitudes
e nortear a sociedade para o desenvolvimento sustentável. O momento
é de nos prepararmos para economia de baixo carbono, e a PNRS se somará
a outras políticas nacionais, como a de saneamento, a de mudanças
climáticas, a de meio ambiente e a de educação ambiental,
sinalizando nosso compromisso com a qualidade de vida no planeta.
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ARNALDO
JARDIM é deputado federal pelo PPS-SP e coordenador do Grupo de Trabalho
Parlamentar para Aprovação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos. E-mail: arnaldojardim@arnaldojardim.com.br
Múltis
inovam no reúso de materiais Valor
Econômico SP, 07/06/2010, especial, F-15 Vladimir
Goitia, de São Paulo Com investimentos
de, em média, R$ 5 milhões por ano na última década,
a área de meio ambiente da Tetra Pak Brasil tornou-se referência
mundial graças ao desenvolvimento de novas tecnologias de reciclagem -
uma delas permite a separação das camadas de papel, plástico
e alumínio das embalagens. Hoje, já são 33 as empresas que
reciclam os materiais da embalagem da Tetra Pak. O plástico e o alumínio,
por exemplo, é transformado por 22 delas em telhas para casa populares.
Tecnologias mais avançadas, como a de gaseificação, estão
permitindo gerar, com esses mesmos componentes, parafina, material refratário
e alumínio em pó, utilizado principalmente em tintas e pigmentos.
"Este ano, vamos investir entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões
na área ambiental e em inclusão social, setores da empresa que englobam
coleta seletiva e reciclagem", conta o presidente da Tetra Pak Brasil, Paulo
Nigro. A indústria mantém ainda um portal sobre a "rota da
reciclagem" (www.rotadareciclagem.com.br). A ideia é aproximar ainda
mais as cooperativas de catadores das empresas recicladoras. Já a HP, que
investe mais de US$ 1 bilhão ao ano no mundo todo em design e teste de
suas impressoras, cartuchos e papéis, busca rentabilidade e baixo custo.
"Nossos produtos não só respeitam a racionalização
de matéria-prima como a eficiência energética", diz Kami
Saidi, diretor de operações e sustentabilidade da HP Brasil. Desde
1991, a HP investe continuamente no programa global de reciclagem Planet Partner
Program, com o qual já reprocessou mais de 320 milhões de cartuchos
de tinta. Neste ano, a HP deve alcançar 1 milhão de toneladas em
produtos reciclados nas suas subsidiárias espalhadas pelo mundo. No Brasil,
onde investe US$ 5 bilhões por ano em pesquisa e desenvolvimento - incluindo
tecnologias para reciclagem -, serão mil toneladas de hardware, 500 mil
cartuchos e três toneladas de baterias. Esses números superam as
800 toneladas de hardware, os 350 mil cartuchos e as duas toneladas de baterias
recicladas em 2009. Num programa inédito, cartuchos e componentes de hardware
são transformados em PET, que é enviado ao Canadá, onde é
reutilizado na fabricação de peças para impressoras. Nos
EUA, os cartuchos coletados viram novo cartucho. A HP Brasil tem uma cadeia de
logística reversa com 55 centros de coleta no país, além
de um esquema "porta a porta" em regiões onde os centros estão
mais distantes. "Lançamos recentemente um programa piloto em parceria
com a Walmart e com a Kalunga, onde a HP colocou pontos de coleta", diz Kami.
Segundo ele, já são 120 ao todo e esse número deve aumentar
com a parceria que vem sendo costurada com o Pão de Açúcar.
Mas, acrescenta o executivo da HP, "precisamos de contrapartidas do setor
público, que, por sua vez, necessita fazer sua parte". "Não
pedimos subsídios, mas desoneração fiscal para produtos reciclados,
que acabam sendo duplamente tributados", acrescenta Nigro, da Tetra Pak.
Brincando
de Reciclar Diário do Nordeste -
CE - INFANTIL - 06/06/2010 Que tal treinar a
cidadania e praticar a reciclagem no jogo online "Coleta na Cooperativa"?
O canal disponível no site Cultura Ambiental nas Escolas, desenvolvido
pela Tetra Pak, ensina de uma forma lúdica quais materiais são recicláveis
e de que forma são separados em uma cooperativa de catadores. Os itens
que devem ser selecionados aparecem no canto inferior à direita e mudam
a cada nova fase. Estes devem ser arrastados quando passarem pela esteira e jogados
no cesto. As tentativas são mostradas no canto superior direito e cada
acerto vale um ponto. Para jogar acesse http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/multimidia/jogos/coleta-na-cooperativa
e divirta-se. Fonte:Tetra Pak que tem o slogan "Protege o que é bom"
ONG
critica demora do poder público em aprovar política Valor
Econômico - SP - 7/6/2010 F4 Vladimir Goitia,
para o Valor, de São Paulo Quase 21 anos
depois de ter começado a ser discutida, a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) definirá o que fazer com o lixo que é descartado
todos os dias. Hoje, mais do que nunca, resíduo é sinônimo
de dinheiro, porque o que é jogado fora pode ser reciclado ou processado.
"Há consenso entre todos os setores envolvidos de que a lei é
um marco na história do país", comemora Silvano Costa, secretário
de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com ele, a nova política de resíduos sólidos define
instrumentos que possibilitarão significativas mudanças na área
ambiental e, inclusive, a ampliação do índice de reciclagem,
um dos mais baixos do mundo. Mas o sistema da cadeia de coleta seletiva de resíduos
sólidos urbanos no país mostra ainda uma série de deficiências.
Entre elas, a da cultura de reciclagem, a da educação ambiental,
da infraestrutura de armazenamento e, claro, a dos serviços. Daí,
de acordo com ambientalistas, a necessidade de mudanças substanciais para
que o Brasil continue a decolar nesse campo, "chave para a luta contra as
mudanças climáticas e para a preservação do meio ambiente".
Costa têm consciência dessas deficiências, mas garante que o
governo federal vem trabalhando para superá-las. Ele acredita que, com
a lei em vigor, o Brasil ficará no patamar de países europeus e
dos Estados Unidos na questão de destinação e tratamento
de resíduos sólidos urbanos, que, com a explosão do consumo,
fez com que, no começo deste ano, as Nações Unidas emitissem
um alerta. Para a ONU, China e Índia, além de países africanos
e latinoamericanos, estarão entre os principais geradores de lixo eletroeletrônico
no mundo na próxima década. Não custa lembrar que, no Brasil,
são mais de 10 milhões de computadores vendidos ao ano, e o país
ainda sustenta o recorde de mais de 180 milhões de celulares habilitados,
com um índice de renovação de aparelhos a cada 18 meses.
Entretanto, ainda de acordo com a ONU, o Brasil tem até um diferencial
em relação a outros mercados emergentes por contar com a possibilidade
de implementar novas tecnologias de reciclagem. Mas, alertam os ambientalistas,
isso não é suficiente para resolver o problema. Para eles, o país
"vive ainda na Idade Média" no que se refere a esse assunto.
"É uma vergonha que o país esteja tão atrasado no estabelecimento
de uma política - e não apenas de uma lei - para resíduos
sólidos urbanos que são jogados sem escrúpulos no meio ambiente.
Isso exprime a cultura de degradação que temos no Brasil. Isso é
também resultado do descaso das autoridades com o meio ambiente e com a
cidadania", critica Mario Mantovani, diretor de políticas públicas
da SOS Mata Atlântica. Mantovani acredita que a demora na aprovação
do PNRS foi "a pior demonstração de omissão" do
poder público nas últimas duas décadas. "Com a lei em
vigor, acredito que teremos condições de mudar a história.
Não só do ponto de vista de inclusão social e de proteção
ao meio ambiente, mas também do ponto de vista de geração
de renda e de emprego." Tendo em vista, por exemplo, que o mercado de reciclagem
de produtos eletroeletrônicos no Brasil é recente, a nova legislação
abre inúmeras oportunidades de emprego na separação de componentes
recicláveis. Para o presidente do Compromisso Empresarial para Reciclagem
(Cempre), Victor Bicca, quanto melhor classificado o material, maior valor ele
terá no mercado e mais renda será gerada para os catadores, que
hoje não passa de R$ 500 a R$ 600 ao mês. Ele lembra também
que, sem ter legislação alguma, o Brasil criou uma modalidade de
coleta que gerou mais de 600 cooperativas, nas quais trabalham acima de 1 milhão
de pessoas. Ou seja, insiste ele, esse modelo promoveu inclusão social
e gerou renda e emprego. Porém, de forma informal. "O programa nacional
de resíduos vem para tentar resolver esse problema e formalizar de vez
essa realidade." Apesar de algumas diferenças de ponto de vista, num
aspecto os setores público, privado e órgãos não governamentais
estão de acordo: a lei traz grandes avanços e expressa, claramente,
a formalização do gerenciamento dos resíduos sólidos
urbanos. Entre as principais novidades estão a responsabilidade compartilhada
- do fabricante ao consumidor - e a obrigatoriedade da logística reversa,
que nada mais é do que o retorno de embalagens e produtos para as indústrias
depois de terem sido descartados pelos consumidores. Entretanto, esse processo
é caro e complicado, mas a lei dá opções para cada
segmento industrial em razão das suas características diferentes.
Por exemplo, eletroeletrônicos velhos não poderão ser recolhidos
por catadores. Isso exigirá um sistema de recolhimento diferenciado. O
fabricante pode até dar descontos em um novo produto se o consumidor levar
o velho a um determinado local de coleta. Mas para isso será necessário
um pacto entre fabricantes, as três esferas de governo e o consumidor. Ainda
pelas novas regras, os envolvidos na cadeia de comercialização de
um produto precisarão chegar a um consenso sobre as atribuições
e obrigações de cada uma das partes. Por isso, as empresas terão
prazo para apresentar propostas de acordo, mas quem perder o timing ficará
sujeito à regulamentação federal. A lei obrigará também
os municípios a aumentar a coleta seletiva. Eles terão um prazo
de quatro anos a partir da vigência da lei para organizar melhor a coleta.
Costa, do Ministério do Meio Ambiente, afirma que o Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC 2) já destinou R$ 1,5 bilhão para que municípios
se ajustem à lei e possam usar recursos na construção de
aterros e locais de triagem e acabar com os atuais lixões. De acordo com
o estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, da Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe),
em média são gastos R$ 8,93 por mês por habitante na destinação
de lixos sólidos urbanos. Dos materiais coletados, aproximadamente, 56,8%
têm destino adequado e o restante (21,7 milhões de toneladas) vai
para lixões e aterros controlados que não contemplam requisitos
ambientais necessários. Resultados só
surgirão depois da regulamentação A
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) será
um "verdadeiro presente" para o Brasil, avalia o presidente do Compromisso
Empresarial para Reciclagem (Cempre), Victor Bicca. Para que a lei comece a dar
resultados práticos será necessário, primeiro, conseguir
a sua regulamentação. O Cempre torce para que isso ocorra já
entre julho e dezembro deste ano. "O segundo passo serão os acordos
setoriais. E o melhor cenário para alcançar esse objetivo é
o primeiro semestre de 2011, quando serão debatidos os destinos para os
resíduos sólidos que estão na rua", afirma o presidente
da entidade. Bicca, que também é diretor de assuntos governamentais
da Coca-Cola, relata que a indústria brasileira tem sinalizado, junto ao
governo federal e a entidades de classe, que tentará fechar esses acordos
o mais depressa possível. O grande desafio da PNRS será a reciclagem,
já que o Brasil amarga um dos índices mais baixos. Apenas 12% das
mais de 182 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados diariamente
nas grandes cidades do país são reciclados, de acordo com o estudo
Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, divulgado ao final
de maio pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública
e Resíduos Especiais (Abrelpe). O objetivo, de acordo com Ministério
do Meio Ambiente, é elevar essa taxa para 20% ou 25% até 2015. "O
índice de reciclagem no Brasil só vai aumentar se houver coleta
seletiva adequada nos municípios, hoje um dos maiores gargalos nacionais",
alerta Bicca. Apenas 14% dos brasileiros contam com o serviço de coleta
seletiva, e somente 3% dos resíduos sólidos urbanos gerados nas
cidades são coletados. O fato é que 43,2% dos resíduos urbanos
- o equivalente a quase 70 mil toneladas - coletados diariamente no Brasil vão
parar em lixões a céu aberto e outros locais inadequados, sem contar
que mais de 21 mil toneladas por dia sequer são coletadas e acabam abandonadas
em córregos ou terrenos baldios. Na avaliação do Cempre,
para que esse volume seja transferido para locais certos, os municípios
precisarão fazer investimentos. Recente estudo do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) , encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente,
identificou que o potencial de reciclagem no país - caso todo o material
encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras tivesse destino
correto - é de R$ 8 bilhões por ano. "Desse total, apenas de
R$ 1,3 bilhão a R$ 3 bilhões são reciclados anualmente. Ou
seja, tem pelo menos R$ 5 bilhões em lixo que são jogados literalmente
no lixo", diz o presidente do Cempre. Para melhorar todos esses dados negativos
será necessário um forte engajamento da sociedade, na avaliação
de ambientalistas e executivos de grandes indústrias. Pesquisas recentes
mostram que mais de 70% dos brasileiros têm consciência ambiental.
Mas somam apenas 10% aqueles que adotam procedimentos corretos de separação
de lixo, por exemplo. Os ambientalistas afirmam que não há razões
para imitar o que se faz na Europa ou nos Estados Unidos, onde são colocados
à disposição do cidadão coletores para cada tipo de
resíduo sólido. No Brasil, explicam eles, as pessoas precisam separar
só o lixo orgânico do seco, já que a triagem dos resíduos
sólidos é feita por cooperativas que empregam milhares de catadores
que precisam desse emprego. Sobre as cooperativas, que são mais de 600
no país e empregam mais de 1 milhão de pessoas credenciadas, Bicca
aponta uma série de vantagens por estimular a geração de
empregos, nos quais os catadores ganham, em média, de R$ 500 a R$ 600.
"Se colocarmos a lei em prática, estaremos formalizando essa atividade
e criaremos inúmeros postos de trabalho e uma remuneração
mais digna." Para incentivar as empresas a investir no processo de logística
reversa e na conscientização do consumidor, empresários afirmam
ser necessárias contrapartidas do poder publico, principalmente na desoneração
de produtos reciclados. (V.G.)
Lei vai
dar sustentação para a reciclagem Valor
Econômico - SP - 7/6/2010 F13 Vladimir
Goitia, para o Valor, de São Paulo Caixas
de papelão, telhas, placas para construção civil, plásticos,
canetas, vassouras de vários tipos e até componentes de impressoras,
além de outras centenas de produtos, são resultados da chamada logística
reversa, praticada há algum tempo por inúmeras empresas. Com a entrada
em vigor do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determina
a responsabilidade de toda a cadeia produtiva sobre o processo de coleta, destino,
reciclagem e restituição dos descartes sólidos, incluindo
eletroeletrônicos, esse procedimento passa ser obrigatório para todas
as indústrias do país. Embora a falta de uma lei federal e a proliferação
de leis estaduais e municipais tenham atrasado práticas estabelecidas há
muitos anos na Europa e nos Estados Unidos, algumas empresas brasileiras e multinacionais
vêm investindo em políticas sustentáveis. "A lei, apesar
de atrasada, é fundamental para a indústria da reciclagem e chega
na hora certa. Além de criar condições econômicas para
transformar resíduo sólido em produtos com valor agregado, vai gerar
garantias legais para investimentos nessa área", diz Wilson Quintella
Filho, presidente do Instituto Estre. Para ele, os riscos de investimento ficaram
muito claros durante os desdobramentos no Brasil da recente crise financeira mundial,
quando diversas cooperativas de reciclagem quase quebraram. Segundo ele, o preço
do quilo de ferro reciclado, por exemplo, chegou a cair de R$ 0,36, no início
de 2008, para apenas R$ 0,06 no começo do ano passado. Com a recuperação
da economia, o preço recuperou-se e já superou os R$ 0,36. Ainda
nessa onda da nova lei de resíduos sólidos, Quintella antecipa que
a Estre Ambiental já está estruturando novos investimentos em reciclagens
de PET, papel e óleo lubrificante, entre outros. Por meio da Oxil (lixo
ao contrário), adquirida há dois anos, a Estre já recicla
cerca de 5 mil toneladas por ano de produtos da linha branca, computadores e telefones.
"Cerca de 500 geladeiras por dia viram matéria-prima que enviamos
para várias siderúrgicas", conta. Estado
e município prometem destinação correta do lixo
Publicada em 26/05/2010 às 20h48m Tulio
Brandão O governo do estado e a prefeitura do
Rio querem dar um rápido fim ao problema da gestão do lixo na Região
Metropolitana e no interior. A secretária estadual do Ambiente, Marilene
Ramos, informou que em três anos todos os resíduos gerados pela população
fluminense terão destinação adequada - em aterros sanitários
e outras áreas com tecnologia permitida. O prefeito em exercício
da capital, Carlos Alberto Muniz, declarou que o Centro de Tratamento de Resíduos
de Seropédica será inaugurado já em 2011, para substituir
o Aterro de Gramacho, que hoje recebe praticamente toda a carga de lixo da capital.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, no primeiro
dia do Rio Ambiente, evento organizado pela Firjan e por parceiros para discutir
a gestão dos resíduos sólidos. Reportagem do GLOBO publicada
no mesmo dia apresentou um estudo da Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) que revela os
problemas do estado com o lixo: um terço dos resíduos gerados pela
população fluminense ainda tem destinação inadequada
- vai parar em lixões, margens de rios ou aterros precários. Leia
mais:Estado do Rio tem 98 lixões irregulares http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/26/estado-municipio-prometem-destinacao-correta-do-lixo-916700695.asp
Meio ambiente como lixeira
Estudo revela que um terço dos detritos
produzidos diariamente no estado do Rio é jogado em rios ou lixões Publicada
em 25/05/2010 às 23h53m Tulio Brandão RIO - O Estado do Rio ainda não perdeu o
velho hábito de empurrar o lixo para debaixo do tapete. Um estudo realizado
pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública
e Resíduos Especiais (Abrelpe) revela que 36% dos resíduos sólidos
gerados pela população fluminense não têm destinação
adequada - vão definitivamente para o fundo de lagoas, rios e baías
ou são depositados em lixões clandestinos ou aterros controlados
que funcionam em condições precárias. O volume é equivalente,
por dia, a 7.189 toneladas, incluindo as 879 toneladas que sequer chegam a ser
recolhidas de ruas, favelas e ecossistemas. Os números
só não são piores porque a entidade deu ao aterro de Gramacho
o status de aterro sanitário, apesar dos passivos ambientais às
margens da Baía de Guanabara. A alegação foi que o empreendimento
possuía licença e vem recebendo intervenções na área,
como o aproveitamento do gás metano e o controle de estabilidade do solo.
Mas o próprio Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que emitiu a licença,
informou que Gramacho não pode ser considerado um aterro sanitário.
Isso porque a licença foi concedida apenas para a remediação
e o encerramento do aterro. O diretor executivo da Abrelpe,
Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, avalia que a tendência é de
melhora para o Rio, mas o quadro atual - apenas um pouco melhor que o de estados
mais pobres - está longe de ser satisfatório. -
O percentual de destinação inadequada de São Paulo, por exemplo,
é de 24%. O Rio, sem incluir Gramacho na conta, que muitos não consideram
um aterro sanitário, chega a 36%. Com Gramacho, o percentual se inverte:
o estado chegaria a 76% de destinação inadequada dos resíduos.
Mas a tendência, nos próximos anos, é de melhora - afirma.
Leia a íntegra desta reportagem em O Globo Digital
(somente para assinantes). http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/25/estudo-revela-que-um-terco-dos-detritos-produzidos-diariamente-no-estado-do-rio-jogado-em-rios-ou-lixoes-916692045.asp
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Ecoponto
O Instituto Samambaia
formalizou uma parceria junto a Cooperativa D'Esperança e a Associação
SOS Vida com o objetivo de implementar o Selo Verde, EcoPonto e EcoBoutique. A
Cooperativa cuida do trabalho desenvolvido no EcoPonto e parte do faturamento
da venda do material industrial beneficia a Associação SOS Vida,
que utiliza este recurso para o desenvolvimento de seus projetos sociais. Em contra
partida, a Associação desenvolve palestras de prevenção
do HIV/AIDS nas empresas que participam do projeto Selo Verde, nas comunidades
e ainda oferece assistência aos portadores da doença. O
Ecoponto do Instituto Samambaia é uma solução para acabar
com o despejo de materiais inservíveis como garrafas pet, vidro, Tetra
Pak, papelão, plástico e material eletrónico, que acabam
por gerar problemas de saúde pública, enchentes e ainda oneram o
orçamento municipal. O programa Selo Verde é
uma iniciativa do Instituto que tem por fim conscientizar as empresas do uso racional
dos recursos renováveis e não renováveis, para gerar menos
resíduos e desperdício. As empresas que participam têm seus
resíduos coletados e armazenados para depois serem encaminhados para centrais
de reciclagem, onde são pesados e vendidos para as indústrias.
http://www.isca.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17&Itemid=19&lang=pt
Workshop
em Quintino recebe público acima da expectativa
Qua, 31 de Março de 2010 15:16 Cerca
de dez mil pessoas passaram pelo Centro de Educação Tecnológica
e Profissionalizante (Cetep) Quintino nesta terça-feira, 30 de março
de 2010. Os visitantes participaram dos eventos que fizeram parte da programação
do workshop Faetec no mundo trabalho, realizado ao longo do dia. A iniciativa,
que faz parte da meta estratégica da presidência da Fundação
de Apoio a Escola Técnica, teve como objetivo apresentar os cursos de formação
profissional oferecidos e ampliar a relação com o mercado de trabalho.
- O número de empresas participantes superou
a expectativa, contávamos com 40, mas muitas mandaram representantes que
apenas visitaram a feira sem permanecerem em estandes, conta Bianca Fogli, diretora
de Articulação Institucional e de Educação da Faetec
e organizadora do evento. Trinta estandes ocuparam as
principais vias de acesso interno do Cetep com exposições das unidades
de ensino da Faetec. Arte, moda, hotelaria, beleza, ensino comercial e ensino
a distância estavam logo na entrada fazendo um painel de algumas das especializações
da formação inicial e continuada. Em seguida estavam as unidades
de ensino médio de nível técnico que trouxeram equipes de
mecânica, produção de vídeos e eventos, entre outras
modalidades. Os alunos dos cursos tecnológicos dos Institutos Superiores
apresentaram as novidades de gestão ambiental, ciências da computação
e de educação. Em todos os estandes alunos,
professores, servidores e convidados se informavam sobre inovações,
conteúdos e experiências desenvolvidas pelos estudantes. As
empresas que participaram do workshop foram surpreendidas pelo grande número
de jovens e adultos que buscavam oportunidades de empregos ou estágios.
Alguns até já queriam saber informações mais detalhadas
sobre produtos e atividades profissionais. Nira Fraga,
representante da Desafios e Soluções em Recursos Humanos-DSRH, informou
que 600 cópias do formulário para encaminhamento de profissionais
para empresas foram preenchidas, o que vai permitir uma ampla oferta de mão
de obra. Em volta dos estandes dos agentes integradores CIEE, Fundação
Mudes, Instituto Capacitare e Lab´s Dor, os alunos disputavam espaços
para deixarem seus dados com vistas a oportunidades de estágios. Empresas
como McDonald´s, Fabrimar e Drogaria Raia também levaram cadastros
de alunos em buscas de emprego. Nos estandes estavam ainda, Bob´s, Totaline,
Suvinil, Eletromar, Reciclar Design, Recicoleta, Inspiração, Embeleze,
Graftic Design, Metrô Rio, Embratel, Net prime, Fabrimar, Confort Rio e
Atrevo com Design. A unidade móvel da Secretaria
de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) realizou 200 serviços entre emissões
de carteira profissional (1ª. e 2ª. via), fotos 3x4 e cadastros de trabalho
para o Sistema Nacional de Empregos (SINE). No Balcão de encaminhamentos
haviam algumas oportunidades e teve atendimentos também para deficientes
físicos. - Fizemos um encaminhamento direto para
uma empresa mas a grande procura dos alunos foi mesmo para a emissão da
primeira carteira de trabalho, explica Rejane De Laet, da equipe da assessoria
especial de projetos, eventos e apoios logísticos da Setrab. Entre
os alunos os comentários sobre a feira eram sobre a oportunidade de poder
conhecer melhor a Faetec e os contatos com as empresas. Erik Silveira, do segundo
ano de Eletrônica da Escola Técnica Estadual República, lamentava
com amigos o fato de, no final da tarde, quando chegou ao posto móvel da
Setrab, não ter conseguido a sua carteira profissional. Entretanto, era
contagiante a alegria do grupo que já tinha visitado toda a feira. Na
tenda cultural, localizada em um ponto central do evento, bandas e grupos musicais
se apresentaram em uma programação que reuniu ainda alunos do ensino
fundamental, produções das Escolas de Artes Técnicas (EATs),
desfiles de modas e, no fechamento teve a participação do grupo
Afro Lata, de Vigário Geral.
http://www.faetec.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1064:mostra-profissional-recebe-publico-acima-da-expectativa-com-festa-em-quintino&catid=12:noticias&Itemid=20
Centro
Social São Vicente recebe homenagem O Centro Social São Vicente foi homenageado
hoje no Centro Cultural Sylvio Monteiro pelo programa ReciColeta em reconhecimento
ao seu desempenho na coleta e triagem das embalagens longa vida, pós consumo,
ação positiva para o meio ambiente no ano de 2009.
http://blog.patronato.org.br/2010/03/19/centro-social-sao-vicente-recebe-homenagem/
Embalagens
recicladas podem ser transformadas em outros objetos Canetas, telhas e artesanatos
são alguns exemplos Por Rapha Silva rapha.silva@hotmail.com
Com extensas possibilidades de reciclagem
as embalagens cartonadas de leite, conhecidas como longa vida, passam despercebidas
por boa parte da população. O material composto de várias
camadas de material duplex, polietileno de baixa densidade e alumínio,
a embalagem contém barreira que impede a entrada de luz, água e
microorganismos nos alimentos e bebidas. O Recicoleta
é uma unidade exclusiva para compra e recebimento de embalagens longa vida
(caixas de leite, suco, massa de tomate, milho, outros) no Rio de Janeiro. A
finalidade é aumentar a coleta dessas embalagens e sensibilizar a população
sobre a reciclagem, evitando sua destinação inadequada para aterros
sanitários e lixões. É realizada a conscientização
através da educação ambiental e responsabilidade social em
igrejas, escolas, projetos sociais, é possível procurar o lugar
mais próximo para reciclar através do sistema de busca rota da reciclagem.
Comenta Paulo Ribeiro, responsável pelo projeto. O
Instituto Ambientalista Reviverde abrange de forma ampliada materiais reciclados
com a intenção de evitar o desperdício de embalagens que
poderiam voltar ao seu ciclo de vida, é realizado atividades de educação
ambiental junto aos condomínios, clubes e empresas. Cada tonelada de embalagem
cartonada reciclada gera aproximadamente, 650 kg de papel Kraft, economizando
o corte de 20 árvores cultivadas em áreas de reflorestamento comercial.
Informações do Instituto Reviverde comandado por Regina Laginestra. Processo
de reciclagem Existem diversas tecnologias disponíveis
para a reciclagem de embalagens cartonadas. A reciclagem das fibras e do plástico/alumínio
que compõem a embalagem começa nas fábricas de papel, em
um equipamento chamado "hidrapulper", semelhante a um liquidificador
gigante. Durante a agitação do material com água e sem produtos
químicos, as fibras são hidratadas, separando-se das camadas de
plástico/alumínio. Em seguida, essas fibras são lavadas e
purificadas e podem ser usadas para a produção de papel utilizado
na confecção de caixas de papelão, entre outros. Outra
tecnologia, esta nova e inédita, desenvolvida no Brasil, trabalha com o
processamento do composto de plástico/alumínio em um forno de plasma.
O sistema aquece a mistura de plástico e alumínio a altíssimas
temperaturas em uma atmosfera sem oxigênio (que preserva a qualidade do
alumínio). Neste processo, o plástico se quebra em moléculas,
transformando-se em parafina e o alumínio se funde, tornando-se matéria-prima
pura novamente, que pode voltar a ser folha para uso em embalagens longa vida. Antes
de um produto ser tornar produto ele era apenas matéria prima que a vista
de uma pessoa sem ideias ou sem informação pode classificá-lo
como lixo. Reciclar prova que nada é lixo e tudo pode ser transformado
em luxo de acordo com suas intenções. Embalagens se transformam
em canetas, telhas, abajur, artesanatos ou se tornam embalagens novamente. É
possível desenvolver uma política de educação ambiental
aliando a responsabilidade social conscientizando a população das
vantagens da reciclagem como esses dois excelentes projetos. http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=4440
Projeto
Reciclagem nas Escolas de Arraial do Cabo terá continuidade em 2010 (
Publicado em 2010-01-21 09:29 ) Por: MEIO AMBIENTE
Foto
por: Eduardo Alves | O
Projeto Reciclagem nas Escolas lançado em julho de 2009, pela
Secretaria do Ambiente de Arraial do Cabo em parceria com a Fundação
do Meio Ambiente, Empresa Clean e a Cooperativa Recicoleta está a todo
vapor. Há cinco meses a Cop Clean realiza o recolhimento do material nas
11 escolas do município cabista e os envia para Recicoleta, retornando
depois às unidades de ensino, sendo passada aos alunos como papel, lápis
e borracha. De acordo com o Secretário do Ambiente, David Barreto,
o objetivo do projeto é desenvolver ações conjuntas e integradas,
visando à proteção do meio ambiente, a conscientização
e cidadania dos alunos, através da destinação do lixo ambientalmente
correta, realizadas nas Unidades Municipais de Ensino, com a criação
do projeto. Antes, consciência ecológica e desenvolvimento
sustentável eram sinônimos de processos difíceis ou caros
para amenizar o problema ambiental. Hoje, parte do problema, vem sendo resolvida
com a reciclagem nas escolas, cuja atividade contribui, e muito, para a redução
do impacto da presença do homem ao meio ambiente disse David Barreto.
Segundo o Diretor de Divisão de Qualidade Ambiental, Marlon Oliveira,
a reciclagem, em âmbito mundial, caminha ainda a passos muito lentos. Na
Espanha, por exemplo, só se recicla 11% dos resíduos. Em países
como Holanda e França, já se reciclam de 30 a 50%. O
Brasil, mesmo quando comparado a alguns países desenvolvidos, apresenta
elevados índices de reciclagem. O país desenvolveu métodos
próprios para incrementar essa atividade e o maior engajamento da população
pode contribuir, ainda mais, para o aumento do índice de embalagens reaproveitadas
explicou Marlon. Ele acrescentou ainda que o projeto foi bem aceito
pelos estudantes, por isso, entre os meses de janeiro e fevereiro irão
chegar mais Kits do Projeto Reciclagem nas Escolas, para que este ano o trabalho
possa começar juntamente com o início do ano letivo.
Dessa forma poderemos dar mais assistência aos alunos, estimulando a conscientização
em relação ao Meio Ambiente, através de palestras e demonstrações,
pois isso facilita o entendimento de cada um, propiciando um rápido entrosamento
dos alunos com a preservação do Meio Ambiente concluiu Marlon.
Fonte: ASCOM http://www.arraial.rj.gov.br/prefeitura/?local=ver_noticia&id=377
Blitzes
ambientais vão resultar em multas para lixões
Fiscalização começa esta semana e vai envolver
PF e secretarias estadual e municipais de Meio Ambiente da Região Metropolitana
POR MARIA LUISA BARROS
Rio - A partir desta semana, os
lixões localizados no estado do Rio, como os que que resultaram na maior
tragédia de Niterói provocada por deslizamentos, vão ser
alvo de blitzes ambientais, segundo o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc. Vamos dar duro nos lixões
com a aplicação de multas pesadas, começando pelos municípios
da Região Metropolitana e seguindo para o interior, diz o parlamentar,
autor da Lei Estadual 4191/03 da Política de Resíduos Sólidos,
que trata do fim dos aterros clandestinos, da instalação de consórcios
intermunicipais e da formação de cooperativas de catadores, entre
outras medidas, para reduzir o impacto dos lixões. De
acordo com o superintendente de Qualidade Ambiental da Secretaria Estadual do
Ambiente, Walter Plácido, não é possível interditar
todos os lixões do estado, mas dá para transformá-los em
aterros controlados, como os de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,
e o de Itaoca, em São Gonçalo, para onde foram levadas as toneladas
de resíduos do Morro do Bumba, em Niterói, onde morreram pelo menos
46 pessoas. Existem 62 lixões no Estado Hoje,
existem em todo o estado 62 vazadouros (lixões), sendo 48 em operação,
com a presença de catadores, crianças, animais de pequeno e grande
porte, segundo a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico
do Estado do Rio (Agenersa). Os 19 municípios da Região Metropolitana
produzem, por dia, uma média de 15 toneladas de resíduos. Enquanto
os países pensam em soluções para reduzir os efeitos nocivos
do lixo, as cidades fluminenses desperdiçam toneladas de materiais que
poderiam ser recicladas. O relatório feito pela Secretaria Estadual do
Ambiente para o Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
divulgado com exclusividade por O DIA, ontem, mostra que, dos 92 municípios
fluminenses, só 11 investem em reciclagem. Menos da metade das prefeituras
(32 municípios) do Rio têm Unidades de Triagem e Compostagem, onde
o lixo é separado para reciclagem e transformado em adubo. Segundo o diagnóstico,
foram investidos R$ 150 milhões nos municípios para acabar com os
lixões nos últimos 20 anos. Mas a maioria das unidades está
abandonada. Muitas vezes, prefeituras pequenas
recebem o dinheiro para implantar o aterro, mas não conseguem arcar com
os custos da operação, explica a secretária estadual
de Ambiente, Marilene Ramos, que aposta na formação de consórcios.
Cada um entra com uma parte e não sai caro para ninguém,
finaliza ela. http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/4/blitzes_ambientais_vao_resultar_em_multas_para_lixoes_76031.html
TELHAS
EM TROCA DE EMBALAGENS LONGA VIDA A
educação ambiental pode ser abordada das mais diversas formas. O
que importaé assegurar a compreensão de todas as vantagens relacionadas
ao reaproveitamento dos resíduos. Uma parceria entre o Instituto Vital
Brazil (IVB), em Niterói (RJ), e a Recicoleta, do Rio de Janeiro, vem tornando
o entendimento da cadeia de valor em torno da reciclagem muito concreto e simples. Desde
outubro de 2007, o IVB recebe, de seus funcionários e da comunidade, embalagens
longa vida que são trocadas por telhas ecológicas fabricadas a partir
do plástico/ alumínio das embalagens. O IVB arrecadou, até
dezembro de 2009, mais de 65 mil unidades e recebeu 15 telhas ecológicas
de alta durabilidade e capazes de diminuir o calor em até 30%, pois refletem
a radiação solar. Objetivo alcançado As telhas foram utilizadas para substituir
a cobertura da Exposição Permanente de Animais Peçonhentos
do instituto que comporta cerca de oito serpentes e vinte artrópodes (aranhas,
escorpiões e lacraias). A temperatura elevada no recinto não
é favorável para a biologia desses animais e a troca das telhas
diminuiu a mortalidade nos períodos mais quentes, comemora Luiza
Perin, bióloga e coordenadora de projetos ambientais do IVB. A
arrecadação continua com novos objetivos como a doação
das telhas para famílias da comunidade do Morro Vital Brazil em projeto
social promovido pelo IVB. A Recicoleta tem feito parcerias com o governo do estado,
municípios e instituições para implantação
de projetos de recolhimento de embalagens longa vida com benefícios como
troca de material escolar produzido com as próprias embalagens recicladas,
recursos financeiros ou doação do material para uma cooperativa
local. O modelo de troca pelas telhas vem gerando campanhas movimentadas em uma
escola municipal de Nova Iguaçu (para cobertura da quadra esportiva) e
em uma igreja (para o telhado de uma creche e, depois, para casas de famílias
carentes). Esse tipo de iniciativa pode ser
reproduzida em qualquer local do Brasil, desde que se avalie bem os parceiros
para a implantação, coleta, destinação e comercialização
dos resíduos, detalha Paulo Ribeiro, da Recicoleta. Além
das vantagens econômicas e sociais, essas campanhas trabalham a educação
ambiental e, portanto, a conscientização de todos os envolvidos.
http://www.cempre.org.br/cempre_informa.php?lnk=ci_2010-0102_mercado.php
| Teresópolis
dá início ao projeto de Coleta Seletiva - Programa, lançado
nesta segunda-feira, vai ajudar a proteger o meio ambiente e realizar inclusão
social Da Redação Começou
nesta segunda-feira, 21, o programa de Coleta Seletiva Solidária em Teresópolis.
O caminhão da Prefeitura já circula pelos bairros atendidos pelo
programa para divulgar os dias em que recolherá o lixo seco, como papel,
plástico, vidro e metal. Os moradores também receberão em
suas casas um informativo sobre a coleta, que começará em janeiro
de 2010. O programa foi lançado oficialmente pela Secretaria de Meio Ambiente
e Defesa Civil no Teatro Municipal. A solenidade contou
com as presenças do Prefeito Jorge Mario, Secretários Municipais,
Vereadores e representantes da Abipla (Associação Brasileira das
Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), da Abihpec (Associação
Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos)
e da empresa multinacional Tetra Pak. Membros da Associação de Catadores
Serrana Reciclar é preciso e de Associações de
Moradores também participaram da cerimônia. Na ocasião, foi
assinado o Termo de Doação de Equipamentos para o trabalho da Associação
de Catadores Serrana. Teresópolis é a primeira cidade do Estado
do Rio de Janeiro a aderir ao projeto, iniciado em Santa Catarina. O
Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária tem como finalidade proteger
o meio ambiente, realizar inclusão social, através da geração
de empregos para os catadores, e possibilitar a maior longevidade do aterro sanitário,
além de reaproveitar os materiais recicláveis. Este lançamento
é uma grande vitória para nós do Governo, para os catadores
da Associação e para a população, pois todos ganham
com a coleta seletiva. Agradeço a parceria de diversas Secretarias Municipais,
entidades e empresas, entre elas, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Saúde
e Serviços Públicos, Abipla, Abihpec, Tetra Pak e Cervejaria Petrópolis.
O primeiro passo foi a reestruturação do Aterro Sanitário,
que estava abandonado. Formamos a Associação de Catadores, adquirimos
o caminhão e estamos realizando cursos de capacitação de
gestores, ressaltou o Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil,
Flavio Luiz Castro, lembrando que o programa atenderá 12 bairros a princípio,
além de escolas e grandes geradores da região, como empresas, órgãos
públicos e comércio em geral, mas a expectativa é ampliar
esse número. As pessoas também podem depositar seu lixo seco nos
ecopontos que serão espalhados pela cidade, inclusive no interior. A previsão
é de que nos próximos dois anos sejam instalados 80 ecopontos em
Teresópolis. Em seu discurso, o Prefeito Jorge
Mario elogiou a dedicação do Secretário de Meio Ambiente
e Defesa Civil e sua equipe e ressaltou a inclusão social que o programa
pretende oferecer. Este é um belo trabalho e devemos nos orgulhar
deste projeto, pois ele vai ajudar a mudar a vida dos catadores, oferecendo trabalho
e renda com condições dignas, além de contribuir para a preservação
do meio ambiente. Esse programa vem de encontro a um dos nossos principais compromissos
de campanha que é a inserção de pessoas excluídas
das políticas públicas num contexto social digno. Parabéns
aos catadores da Associação pela força de vontade e pelo
empenho com que se dedicam ao programa, salientou Jorge Mario, destacando
a ação na qual 23 famílias que moravam no aterro sanitário
foram conduzidas para uma moradia adequada, atendidas pelo programa de aluguel
social da Prefeitura. O Presidente da Associação
de Catadores Serrana, Valney dos Santos, agradeceu a iniciativa da Prefeitura
em realizar a coleta seletiva. Agradeço também a todas as
entidades parceiras da Coleta Seletiva Solidária. Todos nós, catadores,
vamos nos empenhar em fazer um excelente trabalho na Associação.
As Diretoras Executivas da Abipla e da Abihpec, Maria Eugênia Saldanha e
Rose Hernandes, respectivamente, também elogiaram o pioneirismo da Prefeitura
de Teresópolis em aderir ao projeto que começou em Santa Catarina.
A disponibilidade da cidade em aderir ao programa reúne os esforços
da Prefeitura em conjunto com os catadores, empresários, entre outros,
em prol do meio ambiente e da inserção social, comentou Maria
Eugênia Saldanha. Na ocasião foi apresentado
o vídeo institucional da Prefeitura que será veiculado nas tvs locais
a fim de divulgar a forma como será feita a coleta seletiva. Quem tiver
dúvidas sobre a coleta seletiva ou sobre qualquer outro assunto relacionado
à Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil, pode ligar para 2742-7763.
Coleta Seletiva Solidária A
coleta seletiva solidária será feita por caminhão específico
da Prefeitura, sob o comando da Secretaria de Meio Ambiente. Serão recolhidos
papel, papelão, garrafas de plástico e latas de cerveja e de refrigerante,
entre outros materiais. A Secretaria de Meio Ambiente percorrerá as comunidades
para distribuir panfletos e explicar aos moradores como a coleta será feita.
A coleta seletiva é chamada de solidária
porque todo o material recolhido será entregue à Associação
Serrana de Catadores, formada por cerca de 40 catadores. Os moradores devem separar
o lixo seco do molhado. O lixo seco, formado por plástico, vidro, papel
e metal, será recolhido pelo caminhão da coleta seletiva, que também
vai recolher óleo vegetal. O lixo molhado, ou orgânico, continuará
sendo recolhido pelos caminhões da Secretaria de Serviços Públicos. http://www.odiariodeteresopolis.com.br/leitura_noticias.asp?IdNoticia=13089
| Encontro
reúne 150 catadores de materiais recicláveis em Teresópolis
- Troca de experiências e o fortalecimento da categoria foram as temáticas
do evento Da Redação Proporcionar
uma troca de experiências entre os catadores do Estado do Rio e aproximar
os profissionais deste setor que atuam na cidade e na Região Serrana foram
os objetivos do I Encontro Regional de Catadores de Materiais Recicláveis
em Teresópolis. O evento aconteceu no último sábado, 27,
na Casa de Cultura Adolpho Bloch. Com realização da Prefeitura de
Teresópolis, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Defesa Civil, o encontro contou com a assessoria operacional da Circus (Circuito
de Interação de Redes Sociais), e a participação de
representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis,
da Secretaria Estadual do Ambiente, do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e
da empresa multinacional Tetra Pak. Teresópolis
nunca teve esse tipo de atividade e a troca de experiências que o encontro
proporcionou é importante para que façamos tudo certo no Programa
Municipal de Coleta Seletiva Solidária. Além disso, os nossos catadores
se sentirão parte de um movimento mundial que cresce a cada dia devido
à importância da preservação ambiental, ressaltou
Flavio Castro, Secretário Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil. Participaram
do evento 150 catadores de vários municípios: Teresópolis,
Petrópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto,
Carmo, Volta Redonda, Barra Mansa, Cabo Frio, Belford Roxo, Nilópolis,
São João de Meriti, Mesquita, Niterói e Rio de Janeiro. A
proposta do encontro foi promover uma integração produtiva entre
os trabalhadores deste segmento, tendo em vista o desenvolvimento das cooperativas
que atuam nos municípios fluminenses e sua união, para fortalecer
a comercialização conjunta de materiais recicláveis,
destacou Valney Santos, presidente da Associação de Catadores Serrana,
que falou sobre Tipos de organização e objetivos da Associação
de Catadores Serrana. http://www.odiariodeteresopolis.com.br/leitura_noticias.asp?IdNoticia=13901
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2º
Encontro do GARSD (Aliança
Global para Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável) O
segundo encontro do GARSD (Aliança Global para Reciclagem e Desenvolvimento
Sustentável), realizado em Bangcoc em novembro do ano passado, mostrou
que, de fato, os esforços em prol do meio ambiente ganham mais força
quando pensados em bases internacionais. As particularidades precisam ser percebidas
e respeitadas sem se tornarem um empecilho para ações que gerem
resultados mais eficazes. É exatamente
nesse sentido que caminham as ações do Cempre fora do Brasil. As
portas estão sempre abertas para compartilhar ideias, acertos e dificuldades,
e os resultados dessa postura têm sido muito positivos como demonstram os
representantes dos países que formam o GARSD, fundado em 2007. Participaram
do encontro as seguintes associações: Cempre Brasil, Cempre Colômbia,
Cempre Uruguai, Sustenta México e a TIPMSE Tailândia. A PETCO, uma
organização da África do Sul, também acompanhou o
evento e foi oficialmente convidada a fazer parte do GARSD. Veja
na Íntegra
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